Para orientar os produtores rurais no cultivo comercial do palmito da pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) foi lançado em 2008, o manual de diretrizes técnicas com recomendações desde o cultivo até a colheita no Estado de Mato Grosso. A publicação contribui para a expansão da cultura, além de abrir linhas de créditos para os produtores financiarem a cultura. Para esclarecer dúvidas sobre o manejo da pupunha, acontece nesta sexta-feira (28.01), no município de Araputanga (345 km a Oeste de Cuiabá), uma palestra com o engenheiro florestal especializado em Palmeiras Tropicais, Jorge Miguel Perez Vela, direcionada para técnicos, produtores, acadêmicos e gestores públicos, às 14 horas.
O palmito da pupunheira é nativo da região amazônica e pertence à Família Palmae e atinge até 20 metros de altura. Produz frutos carnosos, dispostos em cachos com 20 a 300 unidades, de cores variadas entre o vermelho, amarelo, laranja, branco e cores intermediárias quando maduros. O primeiro corte ocorre entre 20 e 24 meses após o plantio, a longevidade da planta chega há 25 anos. O palmito apresenta excelente aceitação comercial e ainda reduz o extrativismo das palmeiras por ser produzido no sol em áreas agrícolas tradicionais.
O manual de diretrizes técnica foi elaborado pelos pesquisadores da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), David da Silva, e por João Pedro Valente da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Paulo César Nunes, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). David fala que esse documento é um conjunto de informações com o objetivo de orientar os produtores no plantio com técnicas voltadas para a preservação do meio ambiente.
Segundo Silva, a diretriz está à disposição do produtor enfocando desde os aspectos botânicos, exigência edafoclimáticas (clima e solo), produção de mudas, semeadura, práticas fitossanitárias, plantio e replantio, controle de plantas invasoras, pragas e doenças, calagem, adubação, manejo de perfilhos, custos de implantação, manutenção, colheita, comercialização e industrialização do palmito. “O manual contou com a contribuição de dados e experiência de produtores, especialistas e instituições públicas”, informa Silva.
O principal produtor no Brasil é o Estado de São Paulo em seguida os Estados do Espírito Santo, Rondônia, Pará, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Amazonas, Acre, Paraná e Santa Catarina. Com sabor mais adocicado, o palmito tem uma coloração mais amarelada e a textura macia em relação aos palmitos de outras palmeiras nativas. Possui ainda a vantagem de não escurecer após o corte, o que permite a venda “in natura” de um produto de qualidade e boa aparência.
O manual de diretrizes técnicas do palmito da pupunheira pode ser adquirido na biblioteca da Empaer, localizada na Rua Jarí Gomes, Bairro Boa Esperança, Cuiabá, por apenas R$ 15,00. Mais informações: (65) 3613 1743/1745.
Fonte: SECOM-MT
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