sábado, 19 de março de 2011

Cuidados com o palmito

O palmito (Euterpe oleracea) é o que os cientistas chamam de gomo terminal, longo e macio, das palmeiras. Mas nem toda árvore dessas espécies tem palmito comestível. Aqueles que podem ser consumidos são excelentes ingredientes para saladas, sopas e recheios.

O processo de fabricação do palmito em conserva é semi-artesanal. O palmito é extraído da palmeira, depois descascado, cortado e lavado. Feito isso, o palmito é colocado dentro da embalagem (lata ou vidro) com água, sal e ácido cítrico, basicamente. A embalagem contendo o produto, após passar por tratamento térmico adequado (elevação de temperatura à 100°C por 60 min em banho-maria), é fechada.

O botulismo é uma intoxicação de origem microbiana. Até o momento, os casos ocorridos no Brasil se referem ao botulismo alimentar causada pela presença da bactéria Clostridium botulinum. Por se tratar de uma bactéria presente no meio ambiente, é comumente encontrada em solos e superfícies de vegetais.

A intoxicação causada pelo consumo de alimentos contaminados por esta toxina causa paralisia muscular, podendo até matar. Os primeiros sintomas, que podem aparecer entre 18 e 36 horas após a ingestão do alimento contaminado, são boca seca, visão dupla, náuseas, vômitos, cólicas e diarréias. Depois surgem sintomas neurológicos, como paralisia facial, que terminam com problemas respiratórios.

A principal agente de transmissão desta doença, tanto no nível nacional como internacional, é através do consumo de conservas caseiras. A ocorrência pelo consumo de conservas industrializadas é rara, pois o processo tecnológico destes produtos é baseado no controle dos fatores que possam favorecer a multiplicação da bactéria produtora da toxina: pH ácido (abaixo de 4,5), adição de conservadores e tratamento térmico (esterilização) adequado de conservas.

Para evitar possíveis problemas, devem-se adotar algumas medidas ao consumir o palmito:

FERVURA: o palmito só deve ser consumido após fervido 15 minutos no líquido de conserva ou em água;
MARCAS: não consumir palmito de origem duvidosa ou desconhecida;
VALIDADE e APARÊNCIA: verificar a data de fabricação, a validade e a apresentação, prestando atenção à aparência, cor, cheiro e sabor. Se o produto estiver com coloração escura ou apresentar cor rosada em seu corte, não compre. Nestes casos o palmito está infectado pelo elemento ferruginoso. Evite comprar quando o líquido estiver com a coloração esbranquiçada, pois pode ser sinal de que foram adicionados elementos químicos, nocivos à saúde. Verifique também se na água existe a presença de bolhas ou formação de gases
ROTULAGEM: todo palmito em conserva, produzido no país ou importado, colocado à disposição do consumidor, deverá ser etiquetado com a seguinte advertência: "Para sua segurança, este produto só deverá ser consumido, após fervido no líquido de conserva ou em água, durante 15 minutos". Procure comprar produtos que apresentam na embalagem, origem de cultivo, registro no MS e IBAMA, ecológico e de plantação planejada.
EMBALAGEM: devem ser descartadas as embalagens rasgadas, amassadas, enferrujadas, estufadas ou com qualquer outro tipo de alteração. Uma lata amassada ou defeituosa pode oxidar o conteúdo causando danos à saúde.
CONSERVAÇÃO: quando as embalagens estiverem ainda fechadas, devem ser mantidas em local limpo, fresco, com boa ventilação e seco. Após aberto, o produto deve ser conservado na embalagem com a própria salmoura, e consumido no prazo máximo de 03 dias (ou a informação que constar na rotulagem).

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Silva Jardim é a maior produtora de palmito do interior do estado

Silva Jardim, na região dos Lagos é considerada o maior produtora de palmito pupunha do estado do Rio de Janeiro. A cidade da Baixada Litorânea tem o solo e o clima ideais para a plantação da espécie. Atualmente, tem 750 mil pés de palmito, mas até o ano que vem vai aumentar ainda mais a produção.

Aos poucos, a cidade de Silva Jardim ganha uma nova identidade agrícola. De acordo com a Emater/Rio, a espécie de palmito pupunha é cultivada na região desde 1993. Já são 750 mil pés, mas a expectativa é de que, em mais dois anos, este número ultrapasse 1 milhão de mudas plantadas.


Em uma das estufas ficam 120 mil mudas. Elas serão compradas pela prefeitura e repassadas aos agricultores de Silva Jardim, através de um projeto entre o município, o governo do Estado e Associação de Produtores de Palmito da Baixada Litorânea. Atualmente, 14 agricultores já produzem e vendem o alimento. Entre eles está Viviane Campos, que há seis anos dedicou um hectare da propriedade para o cultivo da espécie.

No sítio, a pequena agricultora planta as sementes em um espaço com areia. Isso porque fica mais retirar a pequena muda. Depois leva as mudas para a estufa. Um engenheiro agrônomo explicou passo a passo a extração do palmito pupunha.

O que impressiona nessa espécie é que ela não morre após o corte. Os brotos dão continuidade a planta, que pode durar até 20 anos.

Paulo César Lopes, presidente da Associação dos Produtores de Palmito da Baixada Litorânea disse que esta alternativa é bem lucrativa para os produtores da região.

Quem quiser outras informações sobre o cultivo do palmito pupunha é só ligar para a sede da Emater, em Silva Jardim. O telefone é o (21) 2668-1737.

Fonte: In360

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Palmito pupunha de Mato Grosso tem mercado garantido no País

O caminhão leva a matéria-prima até a indústria. Os funcionários começam o trabalho. Primeiro tiram a casca, de acordo com o tamanho e a espessura dos palmitos eles podem ser cortados em fatias, pedaços ou picados. Depois do corte são embalados a vácuo com a salmoura e seguem direto para câmara quente que ferve o palmito, garantindo o sabor e o tempo de validade que tem duração de 18 meses. Após esse processo é feito o armazenamento do produto para a comercialização nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

Essa é a rotina diária da Indústria C.R Olivato, localizada em Indiavaí (375 km de Cuiabá) que conta atualmente conta com um quadro de 15 funcionários. A produção mensal de palmitos gira em torno de 35 a 40 toneladas entre babaçu (nativo da floresta) e pupunha em potes de 300 gramas e de 1,8 kg.

O proprietário, Celso Luis da Silva, explica que o palmito nativo da floresta, o babaçu, está prestes a ser extinto devido o alto consumo do alimento, por isso será preciso investimentos como plantar pupunha para colher em breve. “A demanda é muito grande. Os produtores vendem direto para a empresa que é considerada âncora, ou seja, a produção tem venda garantida”, ressalta Celso. Mato Grosso enfrenta dificuldades para atender a demanda interna.. “Infelizmente atendemos poucos Estados e só algumas cidades de Mato Grosso como Cáceres e Sapezal, porque a quantidade de matéria-prima é insuficiente para atender a todos. Recebemos um pedido de Barretos e tivemos que recusar porque não tinhamos como atender”, revela Silva.

O secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf-MT), Jilson Francisco da Silva, e o secretário adjunto de Agricultura Familiar, Clóvis Figueiredo Cardoso, estiveram visitando a empresa para identificar a realidade a fim de contribuir para o desenvolvimento e crescimento da indústria. “Por determinação do Governador Silva Barbosa, o Estado está investindo na agricultura familiar, A eta é incentivar mais produtores rurais na produção de pupunha. Assim a produção terá efeito cascata, com geração de emprego e renda no campo e na cidade, além de aquecer a economia do município”, destaca o secretário Jilson Francisco.

Fonte: 24horasnews

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Diretriz técnica orienta produtor no cultivo da pupunha em MT

Para orientar os produtores rurais no cultivo comercial do palmito da pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) foi lançado em 2008, o manual de diretrizes técnicas com recomendações desde o cultivo até a colheita no Estado de Mato Grosso. A publicação contribui para a expansão da cultura, além de abrir linhas de créditos para os produtores financiarem a cultura. Para esclarecer dúvidas sobre o manejo da pupunha, acontece nesta sexta-feira (28.01), no município de Araputanga (345 km a Oeste de Cuiabá), uma palestra com o engenheiro florestal especializado em Palmeiras Tropicais, Jorge Miguel Perez Vela, direcionada para técnicos, produtores, acadêmicos e gestores públicos, às 14 horas.

O palmito da pupunheira é nativo da região amazônica e pertence à Família Palmae e atinge até 20 metros de altura. Produz frutos carnosos, dispostos em cachos com 20 a 300 unidades, de cores variadas entre o vermelho, amarelo, laranja, branco e cores intermediárias quando maduros. O primeiro corte ocorre entre 20 e 24 meses após o plantio, a longevidade da planta chega há 25 anos. O palmito apresenta excelente aceitação comercial e ainda reduz o extrativismo das palmeiras por ser produzido no sol em áreas agrícolas tradicionais.

O manual de diretrizes técnica foi elaborado pelos pesquisadores da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), David da Silva, e por João Pedro Valente da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Paulo César Nunes, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). David fala que esse documento é um conjunto de informações com o objetivo de orientar os produtores no plantio com técnicas voltadas para a preservação do meio ambiente.

Segundo Silva, a diretriz está à disposição do produtor enfocando desde os aspectos botânicos, exigência edafoclimáticas (clima e solo), produção de mudas, semeadura, práticas fitossanitárias, plantio e replantio, controle de plantas invasoras, pragas e doenças, calagem, adubação, manejo de perfilhos, custos de implantação, manutenção, colheita, comercialização e industrialização do palmito. “O manual contou com a contribuição de dados e experiência de produtores, especialistas e instituições públicas”, informa Silva.

O principal produtor no Brasil é o Estado de São Paulo em seguida os Estados do Espírito Santo, Rondônia, Pará, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Amazonas, Acre, Paraná e Santa Catarina. Com sabor mais adocicado, o palmito tem uma coloração mais amarelada e a textura macia em relação aos palmitos de outras palmeiras nativas. Possui ainda a vantagem de não escurecer após o corte, o que permite a venda “in natura” de um produto de qualidade e boa aparência.

O manual de diretrizes técnicas do palmito da pupunheira pode ser adquirido na biblioteca da Empaer, localizada na Rua Jarí Gomes, Bairro Boa Esperança, Cuiabá, por apenas R$ 15,00. Mais informações: (65) 3613 1743/1745.

Fonte: SECOM-MT

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Quatro pessoas detidas apreensão palmito Paineira

Quatro pessoas são detidas em apreensão de palmito na Paineira

A Polícia Militar fez hoje (26), por volta de 12h, a maior apreensão de palmito no ano, cerca de 365 potes de 1,8kg, no Bairro da Paineira, em Pilar do Sul. Quatro pessoas foram detidas no local. Segundo apurou os policiais, os palmitos eram cortados na mata em Tapiraí e beneficiados no local.

A polícia prendeu Juarez Teodoro, 28, e Celso Aparecido Oliveira Silva, 21, que eram procurados por tentativa de homicídio ocorrido no dia 15 de janeiro em Tapiraí. Altaíde Pires Garcia, 28, que também foi flagrado industrializando o palmito, foi ouvido, liberado e responderá o processo em liberdade.

Já Odair de Paula, 35 anos, que chegou ao local pouco tempo depois, foi preso por receptação. A PM encontrou com ele uma moto YBR, Yamaha, de cor vermelha (com vestígios de adulteração de cor), com numeração do chassi e do motor raspados. Ao consultar a placa da moto, os policiais descobriram que ela fora furtada em São Paulo. Odair alegou que comprou em leilão do guincho e nega a receptação.

A delegada suspeita que o rótulo seja falso
Tudo começou a ser esclarecido quando os soldados Lopes e Muniz, da PM, averiguavam uma denúncia que os dois foragidos estavam escondidos no Bairro da Paineira. Com o mandado de prisão temporária, os policiais descobriram a residência e ao adentrarem surpreenderam os dois procurados e outro comparsa manipulando os palmitos. O local era uma pequena indústria e os palmitos estavam sendo cozidos e alguns já estavam prontos para a venda. Segundo os policiais o local não contava com o mínimo de higiene para manipulação de alimentos.

Segundo a delegada, Dra. Maria de Cássia Almeida Almagro, os palmitos serão destruídos pela Vigilância Sanitária por estarem impróprios para consumo.

Foram apreendidos, além dos potes de palmito, tambores, grande quantidade de sal, botijões de gás e os apetrechos usados na fabricação clandestina de palmito.

Fonte: Pilar News

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Força Verde fecha fabriqueta de palmito ilegal

Em cumprimento a mandados de busca e apreensão, policiais militares da Força Verde, que participam da Operação Verão Costa Leste, fecharam uma fabriqueta de palmito ilegal. Foram apreendidos 150 vidros de palmitos embalados (300 gramas cada), 21 vidros de palmito (1,8 quilo cada), todos prontos para a venda. Os mandados foram expedidos pelo Juiz de Direito Fernando Andriolli Pereira e cumpridos nas localidades de Rio Sagrado e São João da Graciosa, em Morretes, na noite desta quinta-feira (20).

Na primeira abordagem, no quilômetro 35 da BR 277 na localidade de Rio Sagrado, após o local ser vistoriado foram localizados 20 vidros de palmito embalados e prontos para o comércio. “O produto estava em descordo com a legislação vigente e, por isso, o proprietário do comércio foi autuado por Auto de Infração Ambiental e recebeu Termo Circunstanciado, para ser responsabilizado pelo seu ato”, informa o tenente Kleber Piovesan, comandante da ação.

O segundo mandado, cumprido em São João da Graciosa, em uma lanchonete, possibilitou a localização de 14 vidros de palmito colocados à venda no estabelecimento, além da localização de uma fabriqueta clandestina para o preparo do palmito. Foram apreendidos 136 vidros (300g) de palmito Jussara, 21 vidros (1,8 quilo) de palmito palmeira real, sem rótulo e sem litografia nas tampas, 512 vidros vazios e outros objetos utilizados para o preparo ilegal de palmito.

Piovezan alerta que o consumo deste alimento é prejudicial à saúde humana, pois o seu preparo irregular pode causar uma doença chamada botulismo, tendo em vista a falta de condições de higiene nos locais de preparo e a falta de fiscalização dos órgãos de Vigilância Sanitária. “O proprietário do estabelecimento foi autuado por Auto de Infração Ambiental, por comercializar, ter em depósito e para o comércio, produto de origem da flora paranaense de maneira ilegal, e também recebeu Termo Circunstanciado”, explica o tenente.

A multa prevista para quem comercializa este tipo de produto, conforme a legislação vigente, é de R$ 300,00 por quilo. Denúncias de crimes contra a flora podem ser feitas pelo 0800 643 03 04, pois a ligação é gratuita e o denunciante não precisa se identificar.

Fonte: Bem Paraná

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A FMDR 25 de Julho está comercializando 100 mil mudas de pupunha.

A FMDR (Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural) 25 de Julho está comercializando 100 mil mudas de pupunha.Os interesados devem entrar em contato pelo fone (47) 3424-1188.

A pupunheira apresenta uma série de vantagens para produção de palmito pupunha em relação às outras palmeiras nativas como o açaí (Euterpe oleraceae Mart.) e a juçara (Euterpe edulis Mart.), que são exploradas de forma extrativista e por isso apresentam restrições legais e risco de extinção. As principais vantagens para a exploração comercial de palmito da pupunheira são:
Precocidade, com o primeiro corte a partir de 18 a 24 meses após plantio;
Perfilhamento da planta mãe, chegando a mais de 15 perfilhos, o que permite repetir os cortes nos anos subseqüentes, sem necessidade de replantio da área;
Qualidade do palmito, geralmente o palmito tem comprimento de 40 cm e diâmetro entre 1,5 – 4 cm, sendo muito macio e saboroso;
Lucratividade, quando plantado e conduzido adequadamente, um hectare produz de 5.000 a 12.000 palmito pupunha por ano;
Segurança para o produtor, pois o palmito pode ser deixado no pé ou quando cortado pode ser processado, envasado e guardado para ser comercializado quando o mercado se encontrar mais propício;
Facilidade nos tratos culturais e corte, uma vez que plantas selecionadas não apresentam espinhos;
Vantagens ecológicas, podendo a cultura ser conduzida a pleno sol, em áreas agrícolas tradicionais, sem nenhum dano às matas nativas, fato este de grande apelo comercial, principalmente para a exploração do palmito visando o mercado externo.

Palmeira nativa dos trópicos úmidos americanos, a pupunheira (Bactris gasipae) produz cachos grandes de frutos comestíveis, utilizados de variadas maneiras. Considerado alimento básico em algumas regiões, o fruto tem sabor agradável e alto valor nutritivo. É consumido cozido e presta-se à extração de óleo ou à produção de farinha, usada na alimentação humana e animal.

Os frutos da pupunheira constituem um alimento essencialmente energético, mas contêm quantidades pequenas de proteína, óleo, caroteno (pró-vitamina A), vitaminas B, C e ferro. Os frutos e seus derivados, quando crus, contêm uma enzima, que inibe a digestão de proteínas, e um ácido, que provoca irritação na mucosa da boca.

Tabela Nutricional

Palmito Pupunha
Quantidade 100 gramas
Água (%) 89,4
Calorias (Kcal) 29
Proteína (g) 2,5
Carboidrato (g) 5,5
Fibra Alimentar (g) 2,6
Colesterol (mg) n/a
Lipídios (g) 0,5
Ácido Graxo Saturado (g) 0,1
Ácido Graxo Mono insaturado (g) 0,1
Ácido Graxo Poli insaturado (g) 0,2
Cálcio (mg) 32
Fósforo (mg) 55
Ferro (mg) 0,2
Potássio (mg) 206
Sódio (mg) 563
Vitamina B1 (mg) 0,03
Vitamina b2 (mg) traços
Vitamina B6 (mg) traços
Vitamina B3 (mg) traços
Vitamina C (mg) 8,7

Fonte: FMDR25