sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Irradiação garante alimentos mais seguros para o consumo

Uma técnica eficiente para conservar alimentos e torná-los mais seguros para o consumidor. É o que a radiação ionizante pode fazer por diversos produtos alimentícios consumidos em todo o mundo. A tecnologia é aprovada por mais de 30 países para diferentes tipos de alimentos. Seguindo essa tendência mundial, a legislação brasileira também aprova o uso da radiação. O Ipen coordena projeto da Agência Internacional de Energia Atômica sobre irradiação para segurança alimentar e saúde humana.
Atualmente, no país, a tecnologia é empregada em especiarias, para eliminar fungos e microorganismos. Mas essa realidade começa a ganhar novos contornos. No último dia 27 de julho, produtores da região do Vale do São Francisco, em Pernam-buco, autoridades e interessados na difusão da tecnologia no país se reuniram com pesquisadores do Centro de Tecnologia das Radiações (CTR) do Ipen para conhecer os resultados de testes com mangas irradiadas. Já foi assinado inclusive um acordo de cooperação técnico-científica entre a Embrapa Semi-Árido, Valexport (Associação de Produtores e Exportadores de Hortaliças e Derivados do Vale São Francisco, em Petrolina - PE) e o Ipen. O acordo conta com a cooperação do Centro Regional de Ciências Nucleares do Norte e Nordeste (CRCN), vinculado à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

A exportação da fruta, assim como diversos outros produtos, envolve exigências de fiscalização fitossanitária. São barreiras que impedem que pragas agrícolas sejam disseminadas de um local para o outro. Para cumprir as exigências legais de exportação, as mangas passam por um tratamento térmico por um período determinado. Quando o destino da fruta é a Europa, o lote é submetido à temperatura de 52 graus Celsius durante cinco minutos, mas se o produto tiver como destino final os Estados Unidos, o tempo é de 70 minutos e a temperatura, 46 graus.
O uso de fumegantes, alternativa tradicional da indústria, implica em danos ao meio ambiente, além de reunir compostos potencialmente cancerígenos, como o brometo de metila. Submeter os alimentos em sua embalagem final à radiação ionizante é um processo eficiente e seguro, que não os torna radioativos. No Brasil, resolução da Anvisa (RDC 21, de 2001) estabelece que a dose mínima seja suficiente para alcançar a finalidade pretendida e a dose máxima seja inferior àquela que comprometa propriedades funcionais ou qualquer outro atributo do alimento.
Durante todo o ano de 2006, foram realizados, no Ipen, testes físico-químicos em mangas irradiadas. O projeto envolve ainda testes de transporte do produto para o exterior e estudos de viabilidade econômica do irradiador na região, já em andamento. O pesquisador do CTR Paulo Rela explica que o Brasil possui todas as condições para construir irradiadores. O projeto do irradiador multipropósito do instituto, dedicado a pesquisas, foi inteiramente desenvolvido no país, sob a sua coordenação. O licenciamento e a fiscalização das instalações, chamadas plantas de irradiação, são competência da CNEN.

O estudo sobre a irradiação de mangas considerou o potencial de exportação da fruta, pois o Brasil é o terceiro maior produtor mundial, depois de China e México. Este último constitui-se no maior exportador, e o Brasil ocupa a segunda posição. Na relação comercial com os Estados Unidos, que tem interesse na importação do produto e possui barreiras fitossanitárias bastante restritivas, ainda falta a assinatura de um protocolo que permita receber alimentos irradiados do Brasil.
Em agosto, as pesquisadoras Susy Frey Sabato e Josenilda Maria da Silva, respectivamente do Ipen e do CRCN, analisaram lotes de manga embarcados de São Paulo para Montreal, no Canadá. O objetivo é comparar o lote controle, que não recebeu nenhum tratamento, com o lote tratado pela radiação. O Canadian Irradiation Center, onde os testes serão feitos, foi o laboratório onde Sabato desenvolveu a parte experimental de seu doutoramento, concluído há cinco anos.

Processo

Para desinfestação, as doses variam entre 0,25 e 0,75 quilogray. O processo requer validação da fonte e do procedimento. Ensaios em laboratório que avaliam aspectos como acidez, PH, perda de massa, matu-ração e cor permitem verificar que as características e propriedades das frutas são mantidas.
“O processamento pela radiação para alguns alimentos é seguro e eficiente, mas não dispensa as boas práticas de manuseio e fabricação”, destaca a pesquisadora do Ipen Anna Lucia Villavicencio. Alimentos com alto teor de gordura não são bons candidatos ao método, capaz de reduzir carga microbiana, controlar pragas agrícolas e inibir brotamento. As doses aplicadas nos alimentos deverão seguir a legislação que determina os parâmetros sensoriais, pois cada alimento tem sua característica própria.
No processo de irradiação, são utilizadas fontes de cobalto ou aceleradores de elétrons. Neste último, que implica em menor custo, a radiação atua superficialmente. É indicado, por exemplo, para irradiação de hambúrguer, como mostrou estudo recente desenvolvido em parceria com uma grande indústria nacional
Outras pesquisas orientadas por Villavicencio versam sobre palmito in natura, vegetais minimamente processados, erva-mate in natura (utilizada na preparo do chimarrão), salmão cru, fermento biológico seco, soja, açaí, pistache, entre outros alimentos. A detecção de alimentos irradiados é uma linha de pesquisa do grupo. É possível precisar o quanto de dose recebeu o produto.
Os estudos visam a oferecer alimentos com melhor qualidade e higiene para o consumidor. O objetivo sempre é o de manter as propriedades nutricionais dos alimentos.
Entrevistas realizadas no ano passado com voluntários entre 18 e 55 anos, que se encontravam na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, mostraram que 42% não possuíam nenhum conhecimento sobre irradiação de alimentos, 48% pouco conhecimento e 10% razoável conhecimento sobre o tema. Do total de entrevistados, 48% declararam que provavelmente comprariam e 31% certamente comprariam. Mostraram-se indecisos 15%, 7% provavelmente não comprariam e 2% afirmaram que certamente não o fariam.

Como a tecnologia pode ajudar

- Especialmente países de clima tropical como o Brasil estão suscetíveis à deterioração de alimentos, devido à ação de parasitas e microorganismos como fungos e bactérias.

- Alguns fungos produzem substâncias tóxicas e geralmente cance-rígenas. Eles alteram qualidades físicas, sanitárias e nutricionais de alimentos.

- A irradiação de alimentos impede a multiplicação de células vivas como bactérias, que causam deterioração do alimento, ao alterar suas estruturas moleculares.

- Com isso, são destruídos microorganismos causadores de doenças, inclusive os vermes, parasitas e insetos que deterioram os alimentos armazenados.

- Vários métodos para detecção de alimentos irradiados são estudados e aprimorados, visando a simplificação da técnica e maior precisão.

- Processos como a refrigeração e congelamento podem promover alterações físicas e químicas nos alimentos, prejudicando a absorção de macro e micronutrientes e elementos-traço pelo organismo.

- Em alguns casos, a técnica de irradiação pode ser aplicada junto à refrigeração, para prolongar o tempo de prateleira do produto. No caso do palmito in natura, os pesquisadores estudam a eficiência do procedimento.

- Alguns fumegantes utilizados pelo setor agrícola são prejudiciais à saúde humana e agridem o meio ambiente, contribuindo com a destruição da camada de ozônio.

Fonte: IPEN

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Secretaria do Meio Ambiente apreende carga de palmito nativo em Maquiné

Maquiné - Uma equipe formada por servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) realizou, nessa semana, a captura de dois criminosos que extraíam palmito nativo da Mata Atlântica no município de Maquiné, no litoral norte. O local é no entorno da Reserva Biológica da Serra Geral, uma importante unidade de conservação estadual.

Os infratores foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil do município, onde foram interrogados para o registro da ocorrência. Devido ao ocorrido, a Sema aplicou penalidades administrativas individuais. Ao todo foram apreendidas 480 unidades do produto e alguns materiais utilizados para a prática do crime.

A extração de palmito nativo é um crime praticado ao longo da área de ocorrência da espécie na Mata Atlântica. A parte utilizada da palmeira é o meristema apical, o "miolo" da parte superior da palmeira. No entanto, para extraí-lo é necessário abater a árvore. Por essa razão, a espécie se encontra ameaçada de extinção. No caso do Litoral Norte gaúcho, o que se observa é que muitas pessoas recorrem à atividade ilegal, principalmente no período do verão. O fato ocorre, pois cresce a demanda por parte de alguns restaurantes e comerciantes que adquirem o produto ilegal para obter maior lucro com a chegada dos veranistas.

Fonte: Jornal VS
Foto: Divulgação

Fricassé de Frango com Palmito Pupunha

Chega o final do ano e a correria se instala em nossas vidas.
É dada a partida para fazer tudo aquilo que repetimos todos os anos de forma sagrada: comprar roupas novas para as festas, comprar presentes, dar um trato no visual e como se não bastasse enfrentar supermercados cheios pra garantir uma ceia gostosa e farta.
Muitas vezes corremos tanto que esquecemos o real sentido de tudo isso: ter a família reunida à mesa pra celebrar o nascimento de Jesus, agradecer por mais um ano de vida e celebrar o ano que está chegando e desejar que nele possamos desfrutar e conquistar coisas boas.

Estamos há um bom tempinho sem postar, meu amigo Ed também está numa super correria tanto quanto eu, mas pensando nesta época de festas, fiz hoje em casa um Fricassé de frango com Palmito Pupunha que vai te ajudar a fazer bonito nas comilanças das festas de fim de ano.É um prato bem fácil e muito gostoso!

Bom é isso, espero que os próximos dias sejam mais calmos no trabalho e que eu possa voltar aqui e desejar a tds vcs um ano bem feliz e de quebra deixar mais uma receitinha.


Ingredientes
600grs de filé de peito de frango Korin (orgânico) cozido e desfiado
1/2 lata de palmito pupunha picado
2 tomates cortados em cubos, sem pele e sem sementes
1 cebola média ralada
2 dentes de alho espremidos
Temperos à gosto (sal, pimenta do reino)
2 colheres de sopa de óleo
Salsinha á gosto (opcional)
1/2 pacote de batata palha

Preparo do refogado
Numa panela antiaderente, refogue a cebola e o alho nas duas colheres de sopa de óleo, acrescente o frango desfiado, o palmito pupunha, o tomate, a salsinha, os temperos e misture bem. Deixe refogar um pouquinho.( se necessário acrescente um pouquinho de àgua para ajudar a derreter o tomate). Reserve.

Molho Branco de Queijo
60 grs de manteiga
60 grs de farinha de trigo
625 ml de leite
uma pitada de noz moscada moída
50g de queijo parmesão bem ralado
2 ovos ligeiramente batidos

Preparo
Derreta a manteiga numa panela em fogo baixo.Acrescente e mexa a farinha e deixe cozinhar durante 1 minuto.

Acrescente a noz-moscada e continue mexendo até o molho ferver e engrossar.Reduza a temperatura e cozinhe por 2 minutos.Acrescente e mexa o queijo.

Divida esse molho em dois: a primeira metade misture ao refogado de frango pra que fique bem cremoso.

Na segunda metade acrescente os ovos ligeiramente batidos até ficar homogêneo. ( esta metade vai cobrir o fricassé).

Montagem
Unte um marinex com um pouco de azeite ou óleo e disponha o refogado.Cubra com o molho branco de queijo e leve ao forno na temperatura de 180° por aproximadamente 40 minutos até gratinar bem.

Na hora de servir cubra com a batata palha.Fica muito com com arroz branco e uma saladinha verde.

Fonte: Deli&Cia

Camarão com palmito pupunha na moranga

Ingredientes
1 abóbora moranga pequena
2 colheres (sopa) de margarina
400 g de camarão limpo
1 xícara (chá) de palmito pupunha picado
2 xícaras (chá) de leite
2 cubos de caldo de camarão com cheiro-verde
2 colheres (sopa) de amido de milho

Modo de Preparo
1- Corte uma tampa na moranga com o auxílio de uma faca e retire as sementes. Lave e seque a moranga.
2- Besunte o exterior da moranga com 1 colher (sopa) da margarina. Coloque-a em um prato com a abertura virada para baixo, leve ao microondas em potência alta por 25 minutos. Retire e espere amornar. Reserve.
3- Em uma panela média, derreta o restante da margarina em fogo médio e refogue o camarão por 5 minutos.
4- Junte o palmito pupunha e refogue por mais 3 minutos.
5- Junte 1 xícara (chá) do leite e os cubos de caldo de camarão com cheiro-verde. Acrescente ao refogado.
6- Dissolva o amido de milho no leite frio restante e junte ao refogado, mexendo sempre, até engrossar. Reserve.
7- Retire cerca de meia xícara (chá) da polpa da moranga com auxílio de uma colher, tomando cuidado para não furá-la.
8- Adicione a polpa ao refogado, mexendo delicadamente.
9- Coloque o refogado dentro da moranga. Sirva em seguida.

Pulo do Gato
Se desejar, adicione cheiro-verde picado ao refogado.
Uma moranga pequena pesa aproximadamente 2,3 quilos.
Para deixar o prato mais bonito, decore as bordas da moranga com camarões.
Ato de besuntar consiste em passar gordura sobre o alimento, evitando o ressecamento externo enquanto está assando.
Se não possuir microondas, embrulhe a moranga em papel-alumínio e leve ao forno preaquecido em temperatura média (180ºC) por 40 minutos ou até estar cozida.
Sirva com arroz branco.

Fonte: Uchina

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Pupunha: Cultivo e Vantagens

A pupunha é uma palmeira nativa da região Amazônica e que é consumida na forma de frutos e de palmito, desde épocas pré-colombianas. É uma palmeira de clima tropical, de rápido crescimento e que, quando adulta, pode atingir mais de 20 metros de altura em poucos anos. Por essa razão, é usada também como uma palmeira ornamental.

Nos últimos anos, a importância dessa palmeira cresceu consideravelmente em nosso país, por ser uma excelente alternativa de cultivo para a agricultura.

O consumo dos frutos da pupunheira, cozidos em água e sal, é tradicional na região Amazônica, embora a produção venha de plantas nativas, mas suficientes para atender à demanda local. A partir dos anos 90, nos estados da região Sudeste e Centro-Oeste, teve início o interesse, por parte dos agricultores, no cultivo da pupunha, não para a produção de frutos, mas sim para fornecer palmito. O palmito é formado na parte apical as plantas, pelas raquis das folhas jovens. É uma iguaria valiosa, de grande aceitação no mercado, onde consegue preços elevados.

Palmeiras que produzem palmito

Atualmente, 95% do palmito produzido é cortado do Açaizero,outra palmeira nativa da Amazônia tropical, sobretudo na região do estuário do Rio Amazonas. Antes da década de 70, entretanto, o palmito era cortado de uma outra palmeira, a Juçara, nativa da Mata Atlântica. O corte indiscriminado de palmeiras nativas, leva, invariavelmente, ao decréscimo das populações naturais. Com o passar do tempo, palmeiras que ainda não florescem são cortadas. Nesse momento, o risco de extinção aparece, como já ocorreu com a Juçara e deve ocorrer, em breve, com o Açaí. É por essa razão que algumas pessoas começaram a pensar em outras palmeiras que pudessem produzir, de forma econômica e ecológica, palmito em escala industrial. Os especialistas em palmeiras chegaram à conclusão de que a palmeira que runia maior número de pontos favoráveis era a pupunha.

As vantagens de se produzir palmito de pupunha

As principais vantagens para o plantio da pupunha, visando a produção de palmito, são:

precocidade: o primeiro corte ocorre entre 18 a 24 meses após o plantio no campo;
perfilhamento: a pupunha apresenta brotações de novas plantas, junto à planta mãe, permitindo que se possa repetir os cortes nos anos seguintes, sem necessidade de replantio da área.
qualidade do palmito: o palmito de pupunha tem um comprimento ao redor de 40 cm e diâmetro de 1,5 – 4 cm e é muito macio e saboroso, não tendo problemas de aceitação pelo mercado;
lucratividade: adequadamente plantado, um hectare produz entre 5.000 a 12.000 palmitos por ano, dependendo do número de perfilhos que se deixa após o corte da planta mãe e do diâmetro do palmito que se produz;
segurança para o produtor: o palmito não estraga, já que o agricultor pode deixá-lo no pé ou, então, envasá-lo, guardando os vidros e realizando as vendas quando achar conveniente. Não é como outros produtos, como hortaliças e frutas em geral, que amadurecem e precisam ser colhidos e que, quando colhidos, devem ser rapidamente vendidos e consumidos.
vantagens ecológicas: a pupunha deve ser produzida em cultura a pleno sol, em áreas agrícolas tradicionais, de forma que se passa a produzir palmito de excelente qualidade sem nenhum dano às florestas nativas. essa é uma característica d grande apelo comercial, sobretudo para exploração do palmito, como um produto ecológico.
Condições para se produzir palmito de pupunha

O cultivo da pupunha para produção de palmito aresenta também, alguns requisitos básicos. Como trata-se de uma planta da floresta tropical, ela é muito exigente em água. Para regiões com mais do que dois meses seguidos de déficit hídrico, é necessária a irrigação. Entretanto, mais do que a quantidade de água, é importante a sua distribuição ao longo do ano. Pela nossa experiência, são necessários no mínimo 1300 – 1400 mm de água, bem distribuídos ao longo do ano, para que as plantas cresçam sem problemas. Outra limitação importante é atitude do local, que não deve ser superior a 850 m, provavelmente influenciada, em grande parte, pelas baixas temperaturas noturnas das regiões mais altas. De maneira geral, a pupunha prefere solos mais arenosos e friáveis do que aqueles solos pesados e muito argilosos. Embora exigente em água, a pupunheira não vai bem em solos encharcados, exigindo ocal com boa drenagem.

Plantio da cultura no campo

Deve-se evitar fazer o transplantio definitivo para o campo de mudas novas. O ideal é que elas tenham seis folhas e cerca de 40 cm de altura. O transplante deve ser efetuado em dias chuvosos ou nublados e com boa umidade no solo. Deve-se evitar auqeles dias claros e quentes, já que as plantas vão sentir mais o transplante. A despeito de todos os cuidados, as plantas sentem o transplante para o campo, ficando com as folhas amareladas e sentidas. Por cerca de seis meses elas praticamente quase não crescem. é importante que o agricultor saiba disso para que não desanime. É assim mesmo; e, passado esse período, elas começam a crescer lentemente. Mas o grande crescimento ocorre após os 10 – 12 meses do plantio no campo.

Quando se planta alguma cultura intercalar, nas entre linhas, o estabelecimento inicial da pupunha é melhor. Parece que, quando se planta apenas a pupunha, ocorre maior incid6encia de doenças foliares e morte de plantas, sobretudo nos meses de abril a setembro, no planalto de são Paulo. Isso pode ser por causa da presença de ventos frios que prejudicam as plantas e aumentam a perda de água. Uma linha intercalar ajuda a fornecer um certo sombreamento inicial e protege as plantas de pupunha dos ventos.

Deve-se dar preferência por alguma leguminosa, como crotalária, feijão de porco, ou mesmo outras culturas. Entretanto, essa é uma questão delicada, que exige orientação técnica.

Espaçamento da cultura

O espaçamento entre as plantas no campo varia ao redor de 2 m x 1 m. Esse espaçamento, comporta 5.000 plantas porhectare e é o que garante maior profundidade de espaçamento. Mas outros espaçamentos também podem ser utilizados. Por exemplo: 2 m x 1,25 m, o que corresponde a 4.000 plantas/ha. Com esse espaçamento, embora haja uma menor produção de palmito, o retorno do investimento do plantio é mais rápido e o lucro líquido é, praticamente, equivalente ao que se consegue com 5.000 plantas/ha (uma diferença inferior a 5%). Há, ainda, outras alternativas, as quais podem ser viáveis para os pequenos produtores. Por exemplo: utilizando espaçamento de 3 m entre linhas de 1 m dentro da linha. No meiio da entrelinha foi plantado maracujá, ou a pupunha foi plantada com a cultura de maracujá em produção. Nesse caso, há a possibilidade de se obter até duas safras de maracujá, antes do primeiro corte do palmito, o que é vital para o pequeno produtor rural, que não fica entre 18 a 24 meses sem nenhuma renda na área e tendo que arcar com todos os custos de implantação e custeio da cultura nesse período.

ESPAÇAMENTO PLANTAS/HECTARE
1,5 x 1,5 m 4.445
2,0 x 1,5 m 3.333
2,0 x 1,25 m 4.000
2,0 x 1,0 m 5.000
2,5 x 1,0 m 4.000
3,0 x 1,0 m 3.333
Cuidados antes do plantio

Antes do plantio no campo, o agricultor deve tomar alguns cuidados: limpar completamente a área da presença de matos, corrigir o solo com calcário e realizar uma adubação com fósforo. A pupunha não suporta competição com mato, sobretudo braquiária. Em áreas de pastagens, é recomendável que se faça uma série de gradagens, seguida de uma cultura anual, com soja, por exemplo, para um perfeito controle da braquiária, usando-se herbicidas. Para o plantio da pupunha, deve-se, previamente, fazer uma calagem, elevando-se o pH para 5,0 – 5,5 e a saturação de bases para 60%. antes do plantio, deve-se, na medida do possível, aplicar, nas covas, matéria orgânica.

Adubação

Após o pegamento das mudas, deve-se dar início às adubações com nitrogênio e potássio, em cobertura. Uma adubação razoável seria entre 300 a 400 g/planta de 20-5-20, fracionada o maoir número de vezes possível. Quando se faz irrigação, deve-se realizar adubação em cobertura a cada mês, aplicando-se entre 30 a 40 g/planta. As plantas de pupunha também necessitam do fornecimento de cálcio, magnésio, enxofre e boro.

O sistema radicular da planta da pupunha, no ponto do corte, é bastante superficial: mais de 80% das raízes ficam em torno de 40 cm da planta e até uma profundidade de 40 cm. Por essa razão é que ela não suporta a competição com mato, sobretudo gramíneas.

Uma solução, durante o primeiro ano da cultura no campo, é manter, na entre-linha, alguma leuminosa não trepadora. Além de se evitar o mato e a erosão na terra nua, ganha-se a incorporação de nitrogênio pela leguminosa.

O corte do palmito

O corte das plantas deve ser realizado quando elas atingem um diâmetro, perto do solo, entre 9 a 15 cm. De início, deve-se cortar algumas plantas para que se aprenda onde fica, exatamente, o palmito. O primeiro corte é o menos produtivo: corta-se apenas a planta mãe e o palmito tende a ser mais curto e de forma um pouco cônica. A partir do ano seguinte é que a cultura vai mostrar todo o seu potencial produtivo, quando se cortam os perfilhos. A partir do primeiro corte (18 – 24 meses), entra-se numa fase de cortes sucessivos e anuais. O número de palmitos a serem cortados, por planta/ano, varia de 1 a 3, em função do número de perfilhos que se deixa para o ano seguinte e do diâmetro do corte. Essa é uma decisão que cada produtor tem que tomar em função do mercado que ele pretende atingir. Antes do corte do palmito, os perfilhos devem ser preparados, eliminando-se os mais fracos e cortando-se as flohas daqueles que vão permanecer. O corte das folhas dos perfilhos diminui o stress causado pelo sol a apressa o seu crescimento. Numa lavoura bem cuidada, que não sofra a falta de água e que seja adequadamente adubada, praticamente não aparecem doenças. Geralmente, as doenças são um sinal de desiquilíbrio nutricional, causado pela falta de adubação ou pela deficiência hídrica que impede a absorção dos nutrientes.

Viabilidade econômica

A cultura da pupunha apresenta uma excelente viabilidade econômica. Entretanto, o custo de implantaçào é elevado, situando-se ao redor de R$ 4.000,00 por hectare. O custeio anual varia de R$ 500,00 a R$800,00 por hectare, incluindo: controle de mato, adubos e corretivos, energia e mão-de-obra para corte e transporte dos palmitos.

Insumos para 1 ha de pupunha

Pré-Plantio:
- Calagem: pH 5,0 – 5,5
- Saturação de Bases: 60%
- Fofatagem: 100g a 200g por planta
0,2 Kg x 5.000 PL = 1.000 Kg de SS
- Herbicida: quatro a seis litros (função do mato)

Plantio – Primeiro Ano:
- Adubação: 30g/PL. Mês de 20-5-20 + Micro + Ca + Mg + S
0,03 Kg x 12 meses x 5.000 PL = 1.800 Kg
- Herbicidas: 8-12 litros/ano

Plantio – Segundo Ano:
- Adubação: 1.800 Kg de fórmula
- Fósforo: 1.000 Kg
- Herbicidas: 2 a 6 litros/ano

Apex e Odebrecht darão apoio a cooperativas agrícolas

SÃO PAULO - A Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Fundação Odebrecht assinaram ontem, em Brasília, um acordo de cooperação técnica que irá beneficiar cooperativas de produtores agrícolas da região do baixo sul do Estado da Bahia por meio de ações de sensibilização, capacitação, promoção e inteligência comercial, além da atração de parceiros internacionais.

O objetivo do Acordo é dar apoio técnico para que as cooperativas da região consigam se inserir no mercado externo ou, em alguns casos, ampliar suas vendas ao exterior.

Representantes da Apex vêm levantando informações sobre a produção do baixo sul da Bahia desde março deste ano e já fizeram um trabalho de análise dos produtos para exportação e de levantamento de dados de inteligência comercial para identificar os mercados em que essa produção teria mais condições de venda e agregação de valor.

Foram selecionados os mercados do Canadá, da França, da Alemanha e dos Estados Unidos, países que tradicionalmente valorizam mercadorias produzidas a partir dos conceitos de sustentabilidade e comércio justo.

"Temos o desafio de fazer com que os produtores consigam exportar. Mas, mais do que produtos, estaremos exportando um sonho. O trabalho feito pela fundação com essas cooperativas é impressionante: pessoas que tinham renda de R$ 100 ou R$ 200 por mês hoje conseguem R$ 1,5 mil. Os filhos e netos dos agricultores, que tinham abandonado a região em direção às capitais, agora estão retornando", afirmou Alessandro Teixeira, presidente da Apex Brasil, durante o evento de assinatura do Acordo.

Maurício Medeiros, presidente executivo da Fundação Odebrecht, ressaltou a importância do acordo para a região. "O objetivo do nosso trabalho é fazer que com que a região rural seja atrativa para o nosso povo, para os investidores e até para os turistas internacionais, que poderão vir ao país para fazer agroecoturismo. Com esse acordo, queremos mostrar essa nova cara do Brasil ao mundo", comentou.

Para Medeiros, é possível trabalhar com produtos de alta qualidade e atingir nichos de mercado nacionais e internacionais que valorizam produtos elaborados com responsabilidade social e ambiental. Também participou do evento de assinatura do acordo o presidente da Fundação Odebrecht, Norberto Odebrecht.

O acordo, inicialmente, beneficiará três cooperativas que reúnem 924 famílias da zona rural. Num primeiro momento, estão sendo trabalhados no exterior o palmito de pupunha e o artesanato de palha de piaçava. Outros produtos agrícolas, como farinha de mandioca e cravo-da-índia, serão incluídos no trabalho conjunto de agora em diante. A sustentabilidade social e ambiental será destaque na estratégia de internacionalização das mercadorias.

Para a presidente da cooperativa de produtores rurais de presidente Tancredo Neves (Coopatan) - especializados em farinha de mandioca -, Elineide Correia, o acordo estimulará os produtores a plantar mais e investir em novas tecnologias, gerando mais renda para as famílias.

"Este novo passo é a prova de que vale a pena acreditar nos nossos esforços", afirmou.

Atualmente, a cooperativa produz 125 toneladas de farinha e possui em estoque 350 toneladas, que pretende comercializar com a abertura de novos mercados.

"Para nós, isso representa um sonho de vários anos, que agora irá se tornar realidade. Nós, que trabalhamos a vida inteira com artesanato na região, víamos nossos produtos jogados, desvalorizados. Agora, nos capacitamos e temos qualidade para exportação", comentou Creuza Amorim, presidente da Cooprap.

As cooperativas participantes se engajaram em projetos setoriais integrados de promoção de exportações e participaram, pela primeira vez, neste ano, de eventos internacionais.

O palmito de pupunha produzido na região foi apresentado nas feiras Fancy Food, em junho nos Estados Unidos, e no Sial (Salón International de L'Alimentation) na França, em outubro, com excelentes resultados. Os produtores também participaram das ações de marketing da Apex na Fórmula Indy durante a corrida do Canadá.

Fonte: DCI

Pot Pie de Palmito Pupunha

Ingredientes

1 massa folhada laminada
2 vidros de palmito pupunha picado
2 cebolas raladas
2 dentes de alho espremidos
2 colh (sopa) de manteiga
2 colh (sopa) de farinha de trigo
1/2 litro de leite
1 gema para pincelar
sal, o quanto baste

Modo de preparo

Em uma panela, refogar a manteiga com o alho e a cebola. Colocar o palmito pupunha picado drenado. Colocar então a farinha misturada com o leite, mexendo sempre até engrossar. Acertar o sal. Colocar a mistura em um refratário e cobrir com a massa folhada. Pincelar a gema e levar ao forno para assar. Em ramequins, pode-se fazer porçoes individuais.

Tempo de Preparo
Médio - 1 hora e 30 minutos

Rendimento
8 a 10 porções

Dificuldade de preparo
Fácil

Fonte: Basilico

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Frango ao molho de palmito pupunha

Ingredientes:
1/2 kilo de filé de frango cortado em cubos médios
2 colheres de chá de azeite
1 dente de alho espremido
1/2 meia colher de chá de sal
1/2 xícara de chá de água quente

Ingredientes do molho:1 colher de sopa de azeite
1 cebola pequena picada
1 tomate médio picado sem pele e sem semente
1/2 xícara de chá de água
4 palmitos pupunha picado
2 colheres de sopa de cream cheese ou requeijão (se preferir pode ser maionese)
1 colher de chá de cebolinha picada.


MODO DE FAZER
Em uma tigela média, junte o frango, 1 colher (chá) de azeite, o alho e o sal. Misture e reserve.
Em uma frigideira grande (18 cm de diâmetro), aqueça o restante do azeite em fogo médio. Doure a carne. Junte a água e cozinhe em fogo médio, até secar e a carne ficar macia. Reserve.

MOLHO
Em uma panela média, aqueça o azeite em fogo médio. Doure a cebola. Junte o tomate e refogue. Acrescente a água e cozinhe em fogo médio por 5 minutos ou até obter um molho encorpado.
Coloque no liquidificador, junte o palmito pupunha e bata até obter um molho cremoso. Volte para a panela e cozinhe em fogo médio, mexendo sempre até ferver. Misture o cream cheese até obter um molho homogêneo. Misture o frango reservado, polvilhe a cebolinha e sirva em seguida.
Se preferir polvilhe queijo ralado.

Fonte: Cozinha da Deinha

Força Verde apreende 800 unidades palmito in natura Limeira

O Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde apreendeu 800 unidades de palmito in natura na Estrada da Limeira – que liga Morretes (PR) à Garuva (SC), na noite da quinta-feira (25). A apreensão se deu depois de denúncias anônimas informarem que naquela estrada havia um acampamento de palmiteiros. “A denúncia da comunidade é muito importante nestes casos”, afirma o Comandante da 1ª Companhia da Força Verde, tenente Durval Tavares Júnior.

Segundo ele, após alguns minutos de caminhada pela mata, os policiais militares localizaram uma espécie de rancho de palmiteiros, o qual estava sendo ocupado por várias pessoas, as quais fugiram pela mata quando perceberam a proximidade da equipe policial. “No local apreendemos as 800 unidades de palmito in natura”, conta o tenente.

O produto apreendido foi doado à instituições de caridade de Paranaguá, no litoral paranaense. Segundo informações da Força Verde, a multa para este tipo de crime é de R$ 300,00 por dúzia de palmito e a pena é de um a quatro anos, com direito à fiança. “O Batalhão de Polícia Ambiental possui um disque-denúncia, o 0800 643 0304, pelo qual as pessoas podem denunciar o cometimento de crimes ambientais”, informa Tavares.

Fonte: Repórter Sidnei Gonçalves

Produção de palmito pupunha foi aposta que deu certo

O palmito pupunha chegou ao Paraná há apenas seis anos e, neste período, já conquistou o mercado. Vieram 1.200 mudas em 1994, que até 2006 se multiplicaram por mais de 995 hectares de plantação, compondo 5.739.500 mil pés. Atualmente, 817 produtores cultivam a palmeira pupunheira no Litoral e na região do Vale do Ribeira.

Somando a plantação do palmito juçara com a colheita da palmeira real e da pupunheira, em 2008 foram contabilizados três mil hectares de plantação de palmito no Paraná, com 30 milhões de pés e 1.100 produtores atuantes. No País, que é o maior produtor e consumidor de palmito, o Paraná alcança o quarto lugar no ranking de produção, ficando atrás apenas da Bahia, São Paulo e Espírito Santo.

Quem trouxe as primeiras mudas para o Estado foi o engenheiro agrônomo Cirino Corrêa Júnior, coordenador estadual de plantas potenciais, medicinais e aromáticas do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). "Quando voltei do mestrado em São Paulo, já se trabalhava com a pupunha naquela região. Negociei com a Universidade Federal do Paraná e trouxe as mudas para serem plantadas em cinco unidades distribuídas no litoral, na Ribeira e no Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR)", conta.

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A pupunha surgiu como uma alternativa ao juçara, que começava a se tornar raro e teve a plantação controlada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). "A agressão era forte com relação ao juçara. O IAP assinou um acordo definindo que quando houvesse plantação, seria elaborado um laudo e uma comunicação ao órgão sobre a plantação. Depois de cinco anos, o produtor poderia solicitar o corte para colheita, para que as áreas de reserva natural fossem mantidas", explica o engenheiro.

Diferenças

Ao contrário da pupunha, originária da Amazônia, a juçara veio da Mata Atlântica, e a palmeira real da Austrália. Enquanto a pupunha pode ser colhida entre 18 e 24 meses de plantação, o palmito real demora pelo menos quatro anos para se desenvolver, e o juçara só pode ser colhido após o sexto ano de plantação.

Outros benefícios da plantação da pupunha são o controle da erosão e a melhoria da umidade do solo. É uma alternativa para a agricultura familiar, de fácil manejo, rentável e pouco suscetível a pragas e doenças. "A pupunha perfilha, planta-se uma só vez e colhe-se por muito tempo. Tem lavouras de mais de 20 anos ainda colhendo. No caso do palmito juçara e do real, a planta morre com a colheita", pontua o engenheiro.

A recomendação é que a plantação de palmito seja feita em linha e na primavera. No Paraná, as palmeiras se desenvolvem apenas no litoral e na região norte/noroeste irrigada. "Nas outras regiões a geada e o déficit hídrico matam as mudas. As palmeiras são muito suscetíveis ao frio", revela Cirino. A Emater publicou três livros sobre a plantação de palmito no Estado, e orienta produtores que tenham interesse em iniciar o cultivo.

Produção

Quando percebeu que os vidros de pupunha em conserva não paravam nas prateleiras do seu comércio em Paranaguá, Haroldo Paula da Silva Filho decidiu plantar. Atualmente ele administra 15 mil pés de palmeira pupunheira, que estão produzindo há seis anos. Dos três alqueires da chácara, que fica no Rio Sagrado, em Morretes, dois estão repletos de pupunha. "Eu tinha uma propriedade antiga e falei com um rapaz para melhorar o terreno. Pensava em plantar maracujá, mas ele me falou que seria difícil de cuidar e que a plantação de pupunha exigiria menos mão de obra", conta.

Em alguns meses, ele fechou contrato com uma fábrica que colhe na plantação dele e industrializa de 12 a 15 mil palmitos por ano. "Recebemos a produção. O preço já esteve melhor, mas mesmo que o preço não seja atraente acaba dando resultado por que as pupunheiras produzem bem. Para mim, virou um complemento de renda", explica. Depois dos primeiros anos, ele passou a comprar da fábrica o próprio palmito já industrializado, para colocar nas prateleiras da loja de Paranaguá. A pupunha em conserva compõe as saladas da família do produtor, e tradicionalmente o produto in natura é refogado da mesma maneira que é feito o arroz.

Outra alternativa que Haroldo tem é a venda do palmito para o comércio local. Enquanto a fábrica paga R$ 2 por cada palmito, o comércio paga R$ 3 e com mais rapidez. "A fábrica entrega o valor da produção em 30 ou 60 dias, o comércio local valoriza mais. Ao invés de pegar os quatro mil palmitos de cada corte, eles pedem 500 por semana", afirma.
Ainda que o pupunha seja mais barato, a procura pelo juçara também é alta. Haroldo mantém oito mil pés desta variedade e pretende chegar a 20 mil. "Estou regularizando a colheita com o IAP. Uma parte quero só manter na propriedade, por que acho a palmeira juçara muito bonita. Atrai muitos animais, muitos pássaros", revela.

Fonte: Paraná On-line

Caneloni de palmito pupunha

Ingredientes:

500g de massa para lasanha
2 colheres de sopa de margarina
1 dente de alho
1 cebola picada
vidros de palmito pupunha(300g) para recheio picado
1 colher de sopa de cheiro-verde picado
½ xícara de chá de queijo parmesão ralado para polvilhar
Molho:

2 latas de molho de tomate (680g)
1 cebola média picada
3 dentre de alhos picados
3 colheres de sopa de azeite de oliva
Modo de Fazer:

Cozinhe a massa de acordo com as instruções da embalagem, ou como de costume e reserve. Em uma panela, derreta a margarina e doure a cebola e o alho. Acrescente os demais ingredientes do recheio e refogue por cinco minutos. Distribua sobre as massas, enrole e coloque em um refratário. Já no liquidificar, bata todos os ingredientes do molho e despeje sobre os canelones. Polvilhe com o parmesão e leve ao forno médio, pré-aquecido, por 20 minutos ou até gratinar. Retire e sirva em seguida.

Fonte: Meus Pratos na Cozinha

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Delícias com palmito pupunha invadem os restaurantes da cidade do Rio de Janeiro

Iguaria eleva o sabor na hora da refeição e diminui as calorias do prato. Com sabor suave e tipicamente brasileiro o cultivo invade as cozinhas sem agredir o meio ambiente

O sabor é agradável e o teor calórico baixo. Tipicamente brasileiro, o palmito pupunha conquistou o paladar dos brasileiros e invadiu a nossa culinária. É o tipo de matéria-prima que na forma de conserva tem o gosto realçado, além de ficar mais macio. Vale ainda lembrar que seu cultivo não agride o meio ambiente, uma vez que rebrota após a colheita na mesma árvore. Sua versão encontrada na casca é ideal para preparar assados acompanhados de azeite e ervas. Chefs de todo o País deixam a imaginação correr solta para a criação de iguarias indescritíveis com o palmito pupunha. A gente, claro, agradece.

Assado e com mel
O restaurante Fafelli inventa e provoca uma explosão de sabores. Nele, o palmito pupunha é assado e servido no bufê ideal para acompanhamento de medalhão de mignon ao molho de mostarda e mel.

Pizza nova no pedaço
Alessandro & Frederico Restaurante e Pizzaria D.O.C.G. – Rio Design Leblon criou uma receita com pupunha para os amantes de pizza. É a deliciosa pizza pupunha com molho de tomate, mussarela de búfala e funghi porcini regada com azeite de salsinha e alho (R$ 44). É uma boa escolha para quem gosta de saborear um prato de massa com um vinho saboroso.

Academia da Cachaça
A Academia da Cachaça, na Rua Conde Bernadotte, 26, no Leblon, também traz novidades quando o assunto é palmito pupunha. A casa serve o palmito do Frade (R$ 28,50), que é palmito pupunha assado na casca. O lugar tem capacidade para 180 pessoas e, como o próprio nome diz, tem diversas cachaças para acompanhar o prato.

Novidade
O restaurante Olimpo, em Charitas, Niterói, oferece novidade aos clientes. Elaborado pelos chefs Francisco Almeida e Daniel Hollanda, o tournedor dois irmão é preparado com tranche de filé mignon grelhado no sal grosso ao molho de jabuticaba e servido com palmito fresco assado. De acordo com o chef Almeida, “o prato está fazendo um grande sucesso com a clientela. Muita gente do Rio atravessa a ponte só para experimentá-lo. É um prato simples, porém requintado e saboroso”, afirma.

Diversas opções
Os restaurantes Quadrucci, Eñe Rio de Janeiro e Minimok Barra também entraram na moda e trazem diversos pratos com pupunha. O primeiro traz o cherne ao molho de capim-limão com risoto de pupunha e chips de batata baroa (R$ 67). O Eñe encanta com o seu filé mignon com palmito pupunha e molho da carne (R$ 47). Por fim, o Minimok oferece para os clientes o vienoise de robalo com confit de pupunha e tomates e azeite aromatizado (R$ 52).

Leveza na primavera
No restaurante Bella Blu, em Copacabana, o chef Rodrigo Tatouis prepara sugestões leves para o seu cardápio de primavera. A sugestão do chef é o tornedor de avestruz recheado com molho de especiarias e palmito pupunha grelhado no azeite de carvão com morango.

Criações com camarão
O chef Mark Kwaks do Frontera aposta em criações saborosas com o palmito pupunha, como camarão thai com palmito pupunha, frango blakned (alho, pupunha, chiili, páprica, pimenta do reino, ervilhas e tomate) e camarão ao curry com banana (camarões ao molho de curry, pedaços de banana, hortelã e castanha de caju, acompanhados de arroz negro).

Mais sofisticação
O Bistrô MAC oferece um prato requintado com pupunha. É o kobe beef com linguini de palmito pupunha com molho três funghs (R$59). E neste verão, o restaurante está com uma novidade: o happy hour. Toda sexta feira, a cafeteria do Bistrô vai virar um bar super charmoso e sofisticado, onde os clientes podem apreciar o fim de tarde ao som de jazz e bossa nova ao vivo, degustar o novo cardápio de drinks, além dos petiscos e as novidades do chef Toni Batista para menu do restaurante.

Serviço: Minimok Barra 2496-8854. Frontera 3202-9050. Fafelli 2610-6625. Alessandro & Frederico Restaurante e Pizzaria D.O.C.G. – Rio Design Leblon 2512-8921 e 2512-9388. Olimpo 2711-0554. Quadrucci 2512-4551. Eñe 3322-6561. Bella Blu 2257-2041. Academia da Cachaça 2529-2680 e 2239-1542. Bistrô MAC 2629-1416.

Happy hour
O Ícaro Gastronomia, em Icaraí, apresenta no bufê novos petiscos criativos e apetitosos para o happy hour. Iguarias como os espetinhos de aipo com mousse de gorgonzola e presunto de parma, palitinhos de queijo cremoso e alho poró coberto por gergelim preto e branco e figos em calda com pedaço de gorgonzola e nozes são oferecidos no sistema a quilo no período da noite. Para acompanhar, a dica da gerente de gastronomia do restaurante, Adrianne Balassiano, são drinks ou um bom vinho. Informações e reservas pelo telefone 2729-8080.

Polvo à Osmar
O Noi, restaurante muito conhecido em Niterói, está com novos pratos para fazer a alegria da clientela nesse verão que está por vir. Uma sugestão do cardápio, que irá surpreender é o polvo à Osmar, que é o polvo grelhado acompanhado de risoto de brócolis e cabeça de alho ao forno e pode ser encontrado por apenas R$ 45. Para quem deseja saborear o prato e reservar o seu lugar na casa, o telefone do restaurante é 2611-0619.

Homenagem
Para homenagear Niterói, o restaurante Nossa Casa sugere o risoto de cavaquinha. O prato é preparado com arroz arbóreo e servido com cavaquinha reduzida no vinho branco e alho poró. No feriado, o restaurante abre às 12h. O prato custa R$ 79. Informações pelo telefone 2611-8945.

Árabe com alma carioca
No coração de uma das áreas mais movimentadas do Centro – Rua Senhor dos Passos – na Saara, o restaurante Cedro do Líbano, um dos ícones da culinária árabe da região, completa este mês 62 anos.

Para honrar a tradição da culinária árabe que consagrou a casa, o restaurante preparou para o mês de novembro um prato especial para comemorar o aniversário. Batizado de Cordeiro ao Cedro do Líbano, o prato é composto por fatias de filé mignon de cordeiro cozidas com temperos árabes, pimentões vermelhos e azeitonas pretas em rodelas acompanhadas de balila (um risoto árabe preparado com trigo grosso dourado na manteiga com açafrão e entremeado de grãos de bico e lentilhas).

Além desta novidade, o restaurante estará disponibilizando até o dia 17 de dezembro um cupom a cada um que almoçar na casa, para ser preenchido e concorrer a uma Cesta de Natal das Casas Pedro, vizinho do restaurante. Mais informações pelos telefones 2224- 0163 e 2221-0763.

Fonte: O Fluminense
Por: Luciana Azevedo

Rocambole de Palmito e Camarão (rocambole caiçara)

Ingredientes:

Rocambole:
60 g de manteiga sem sal
50 g de farinha de trigo
300 ml de leite frio
100 g de creme de leite
100 g de requeijão firme
30 g de queijo parmesão ralado fino
5 ovos grandes (claras em neve)
2 colheres (sopa) de cebolinha verde picada
Sal
Pimenta do reino branca
Noz moscada ralada

Creme de Palmito Pupunha:
3 colheres (sopa) de azeite
2 dentes de alho socados
1 cebola média picadinha
4 colheres (sopa) de molho de tomates pronto
1 vidro pequeno de palmitos pupunha cortados em rodelas
1/4 xícara de azeitonas verdes picadas
1 xícara de água ou leite
1/3 xícara de ervilhas em conserva
1/2 tablete de caldo de galinha
2 a 3 colheres (sopa) de farinha de trigo
Sal
Molho de pimenta
Cheiro verde
Molho de Camarões:
400 ml de molho de tomate pronto
250 g de camarões pequenos limpos, cozidos e temperados à gosto
1/4 xícara de ervilhas frescas cozidas
Sal
Molho de pimenta
Temperos à gosto
Decoração:
Requeijão firme
Rodelas de palmito pupunha
Galhinhos de endro

Preparo:
Rocambole:
Derreta a manteiga, doure a farinha de trigo, junte o leite e mexa até ferver e engrossar.
Desligue o fogo e acrescente o creme de leite, o requeijão, o queijo parmesão e as gemas temperando a gosto.
Deixe esfriar e acrescente as claras em neve.
Misture a cebolinha verde e espalhe a massa numa forma retangular untada e enfarinhada (45x30x2) e asse em forno preaquecido a 170ºC até que a superfície esteja ligeiramente dourada.
Desenforme depois de frio.

Creme de Palmito Pupunha:
Aqueça o azeite e doure o alho e a cebola.
Junte o molho de tomates e os demais ingredientes, exceto a farinha de trigo.
Prove os temperos e quando levantar fervura acrescente a farinha misturando até obter um creme firme.
Deixe esfriar.
Molho de Camarões:
Aqueça o molho de tomates, junte os camarões e tempere a gosto. Reserve.
Montagem:
Desenforme o rocambole sobre uma folha de papel alumínio, espalhe o creme de palmito pupunha e enrole.
Volte o rocambole enrolando no papel alumínio bem apertado.
Coloque na geladeira por aproximadamente 1 hora para ele ficar firme e sem folga,assim ele fica bem compacto.
Ao servir, aqueça, espalhe o molho de camarões em toda a volta e decore a gosto.
Use requeijão mais firme no bico de confeitar pitanga e enfeite com azeitonas pretas,sobre o rocambole.

Lombo recheado com palmito pupunha

Ingredientes
1 e 1/2 kg de lombo aberto em manta
Suco de 2 limões
2 colheres (sopa) de sumo de gengibre
3 dentes de alho amassados
1/2 xícara (chá) de vinho branco
Sal e pimenta a gosto

Recheio
1 vidro de palmito pupunha (530 g)
1/2 xícara (chá) de azeitonas verdes picadas
3 colheres (sopa) de salsa picada
Pimenta calabresa a gosto
1 xícara (chá) de mussarela ralada

Modo de preparo
Lave e enxugue o lombo. Tempere com sumo de limão, gengibre, o alho, o vinho, o sal e a pimenta. Tampe com papel alumínio e leve a geladeira por duas horas. Recheio Em um recipiente, misture o palmito pupunha escorrido e picado, a azeitona, a salsa e tempere com o sal e a pimenta. Sobre o lombo distribua o recheio e cubra com a mussarela. Enrole e amarre com barbante. Coloque em uma assadeira, regue com a marinada, cubra com papel alumínio e leve para assar no forno preaquecido a 220ºC durante 50 minutos. Retire o papel alumínio e volte ao forno até dourar, regando de vez em quando com o molho que se forma na assadeira. Dica: Sirva com pétalas de cebola e tomate cereja, refogados na manteiga.

Fonte: Portal da Mami

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Processamento mínimo do palmito de pupunha

A pupunheira, espécie originária da Amazônia, tem grande potencial para produção de palmito em áreas abandonadas pelos diferentes usos da terra.

Por isso, representa importante alternativa agroecológica para diversificação da fonte de renda na pequena propriedade rural. O palmito retirado da pupunha também possui características que o diferenciam dos demais: é mais macio e é resistente à oxidação (escurecimento). Por isso, tolera um tempo maior de armazenamento, pode ser comercializado e consumido fresco, com o mínimo de processamento e sem perda de qualidade.

O Prosa Rural desta semana apresenta a tecnologia de processamento mínimo do palmito de pupunha, resultado da parceria entre a Embrapa Florestas (Colombo/PR) e a Embrapa Agroindústria de Alimentos (Guaratiba/RJ) no desenvolvimento de tecnologias para melhoria da qualidade de produtos para os agricultores.

O propósito dos alimentos minimamente processados é proporcionar ao consumidor um produto muito parecido com o fresco, de vida útil prolongada e, ao mesmo tempo, garantir a segurança para o consumo, com um mínimo de perda da qualidade nutritiva e sensorial. O processamento mínimo aplicado ao palmito de pupunha refere-se às operações de transformação da matéria-prima (talo), resultando em um produto sem a perda da condição de frescor e que inclui procedimento de higienização.

A pesquisa feita validou o processamento mínimo para a matéria-prima palmito de pupunha, tendo por fim prolongar a vida-de-prateleira desses produtos alimentícios, aumentando o período para a sua comercialização, disponibilizando ao consumidor um produto com características de fresco.

De acordo com o pesquisador Álvaro Figueiredo, da Embrapa Florestas, uma das principais vantagens do processamento mínimo para o produtor é poder comercializar diretamente o seu produto em feiras ou supermercados, sem a necessidade de colocá-lo em vidros. Com isso, o produtor agrega valor ao produto e consegue comercializá-lo por um preço três vezes maior do original.

Durante o programa, o pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Antônio Soares Gomes, fala sobre as etapas do processamento mínimo, que aumenta a vida útil do produto de 5 para 22 dias sem a necessidade de colocá-lo em vidros.

“Antes do processamento mínimo é preciso colher o palmito e fazer uma pré-lavagem do produto. Em seguida, faz-e o descascamento e o corte, separando os toletes do coração. Após esta etapa, procede-se à sanitização em água clorada e a secagem dos toletes. Em seguida, mergulha-se o produto em uma solução filmogênica, deixando-o por aproximadamente 3 minutos. Após a secagem natural dos toletes, forma-se uma película natural comestível que ajuda na preservação do palmito de pupunha por mais tempo”, explica antônio Soares Gomes, durante entrevista concedida ao Prosa Rural.

Durante o programa, Soares detalha este procedimento de processamento mínimo, ressaltando a importância da solução filmogênica que protege o produto da oxidação pelo ar, bem como da oxidação causada pelos próprios compostos existentes no produto.

Saiba mais sobre o processamento mínimo do palmito de pupunha ouvindo o Prosa Rural - programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Vendas de orgânicos crescem até 40% por ano no Estado

Responsável por 2,5% do comércio global de alimentos e bebidas, o mercado de produtos orgânicos triplicou suas vendas em oito anos, passando da faixa de US$ 15 bilhões, em 1999, para US$ 46 bilhões, em 2007. A expectativa é atingir em 2050 o patamar de US$ 210 bilhões. Os dados revelados no estudo "A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade - Setor de Negócios", divulgado em julho deste ano, pela Organização das Nações Unidas (ONU), indicam o amplo potencial de expansão desse segmento, que tornou-se alvo de investimentos estratégicos de grandes redes supermercadistas nacionais e mundiais. No Ceará, as vendas do segmento crescem até 40% ao ano.

Há 15 anos investindo nesse nicho de mercado, o Grupo Pão de Açúcar oferece hoje mais de 750 itens orgânicos em suas lojas, sendo possível aos consumidores dessa modalidade de alimentos, comporem todas as suas refeições com produtos orgânicos, entre frutas, verduras, legumes e processados, mercearia, além de laticínios, congelados, carnes e padaria.

Nos hipermercados Extra, a rede montou ilhas especiais que, além de produtos, trazem também vídeos e materiais informativos sobre os benefícios da alimentação orgânica.

Principais produtos

Segundo a gerente de Orgânicos do Grupo Pão de Açúcar, Sandra Caires Sabóia, dentre toda variedade de itens ofertados, os campeões de venda ainda são as folhagens (alface), os legumes (cenoura e tomate) e frutas (banana). "As vendas no segmento de orgânicos, incluindo todas as categorias disponíveis, crescem cerca de 40% ao ano nas lojas do Grupo Pão de Açúcar. Em 2009, o faturamento foi de R$ 58 milhões. Nossa expectativa era atingir esse patamar apenas em 2012. Para 2010, a meta é crescer mais 40% ante o ano anterior", estima.

De acordo com ela, para o Grupo, que está presente em 18 estados brasileiros, São Paulo é o maior mercado consumidor de orgânicos da empresa. "Mais de 65% de todo volume de frutas, verduras e legumes orgânicos vendidos pelo Grupo saem das nossas lojas paulistas", observa Sandra Sabóia, para quem a participação desses itens dentro do total das vendas da seção é de 3%. A marca própria Taeq, lançada em 2006 pelo Pão de Açúcar, conta com quase 300 itens orgânicos, entre frutas, legumes, verduras e a linha de mercearia com azeite, geleias, mel e atomatados, entre outros.

O segmento é uma das apostas da marca, que registrou um aumento de 40% no ano passado. "Hoje, 20% das vendas de Taeq vem do pilar Orgânico", diz Isadora Sbrissa de Campos, gerente da Taeq.

O Carrefour dispõe também de uma linha de orgânicos - a marca própria "Viver", que engloba mais de 300 itens em seu portfólio, com seis categorias de produtos: Light, Diet, Mais, Soja, Zero e Orgânico. Fazem parte da lista produtos como mel, café, chá, soja em grãos, palmito pupunha e feijão.

No setor de Frutas, Legumes e Verduras orgânicas, o sortimento inclui alface, rúcula, banana, morango, entre outros. As folhagens orgânicas como alfaces e misturas de folhas higienizadas são os produtos mais vendidos, segundo a empresa. Em seguida, com venda significativa, estão o açúcar e o palmito orgânico. A perspectiva do Carrefour para 2011 é de um crescimento médio de 20% nas vendas do segmento.

No Bompreço, da rede Walmart, o incremento das vendas de orgânicos na área de hortifruti (frutas, verduras e legumes) já chega a 30% este ano em relação a 2009.

Mix ampliado

O mix de itens orgânicos que era de 150 produtos, em novembro do ano passado, saltou para mais de 350 em fevereiro deste ano. Em maio, a empresa chegou a 530 itens.

No início de julho, o Walmart contabilizou mais de 1.400 itens orgânicos em seu sortimento entre hortifruti (frutas, legumes, verduras, ervas medicinais etc.), produtos de mercearia (sucos, café, açúcar, chás, grãos, vinho etc.). Além de mercadorias na seção de perecíveis (carnes, leite e ovos) e não-alimentos, como sabonetes, xampu e condicionador.

Nos Mercadinhos São Luiz, integrantes da Super Rede, no Ceará, as vendas de orgânicos crescem até 10% por mês. Conforme o diretor comercial, Fernando Ramalho, há mais de um ano, a empresa comercializa carnes, azeite e palmito orgânico e há três meses consolidou a venda de frutas, legumes e verduras orgânicas, a partir de parceria com fornecedores locais.

"Temos compromisso com o produtor. Compramos a produção dele, independente da demanda em nossas lojas", afirma.

Segundo ele, agora que a empresa está começando a faturar com as vendas desse segmento. "É um mercado que ainda está engatinhando, mas continuamos a bancar porque acreditamos nele. É um mercado de futuro, que em menos de um ano já será realidade", projeta. Entre os itens orgânicos comercializados pelas lojas do Mercadinho São Luiz estão café, sucos, carnes, azeite, palmito pupunha, frutas, verduras e legumes.

ÂNGELA CAVALCANTE REPÓRTER

Opinião do especialista
Produção não consegue cobrir a demanda

Enquanto o mercado de orgânicos cresce em torno de 30% ao ano, o crescimento da produção orgânica varia de 10% a 15% por ano. Ou seja, não estamos atendendo a demanda porque nosso crescimento não tem acompanhado o mercado. Se fosse para vender somente direto ao consumidor, o que produzimos daria com sobra. Mas para vender aos supermercados temos perdas grandes porque precisamos atender muitas exigências. Nossos produtores não estão organizados a altura para arcar com investimentos que venham diminuir nossos riscos. Nossa expectativa é de que, com a recente aquisição de uma embaladora, tenhamos mais condição de atender ao mercado em 2011. Outro desafio é ampliar a venda direta ao consumidor. Nossos produtos muitas vezes são mais baratos do que os produtos convencionais. Porém, eles são vendidos na cidade com preços pelo menos 20% superiores. O que o consumidor não sabe é que essa diferença não fica com o produtor. A única vantagem que temos em vender para grandes estabelecimentos é a garantia de venda do produto, pois temos contratos de compra com eles que são renovados a cada seis meses.

JOÃO DE FREITAS LOPES
Sec. Meio Ambiente de Ibiapaba

Foto: MIGUEL PORTELA

Pesquisadores buscam aprimoramento de pupunha para produção de Palmito

Um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) identificou dois genes que controlam os espinhos presentes na pupunheira, derrubando a hipótese de que a palmeira seria mendeliana – controlada por um gene apenas. Com a descoberta, os pesquisadores querem, agora, tentar erradicar a presença de espinhos nas pupunheiras para tornar seu manejo e plantio mais simples, reduzindo custos no cultivo e o valor de produtos finais que chegam ao consumidor.

Os resultados da pesquisa, referenciada em padrões apontados por Gregor Mendel, pioneiro da genética, apontam que os espinhos presentes nas pupunheiras são controlados por dois ou mais diferentes genes, o que os tornam não-mendelianos. Isto significa dizer que não são controlados por um gene apenas – características mendelianas. Um exemplo que todos conhecem é a cor dos olhos, com alelos (qualidades alternativas presentes em cada gene) para marrom (escuros), azul, verde, cada qual com pouca variação em tonalidade.

Numa pupunheira ou em um ser humano, cada gene tem dois alelos, duas possíveis qualidades. Numa população de pupunha ou de humanos é possível haver vários alelos alternativos. Os olhos humanos, por exemplo, têm sua cor determinada por alelos diferentes. O alelo para os olhos marrons é dominante ao alelo para olhos azuis, de forma que olhos azuis somente ocorrem quando o indivíduo tem a presença de dois alelos para azul no gene que expressa essa característica, enquanto a presença de um único alelo para marrom resulta em olhos marrons.

Originalmente, imaginava-se que os espinhos eram caracteres mendelianos e a sua presença ocorria quando havia apenas um dos genes que o determinavam. Com essa descoberta, compreende-se melhor por que é tão difícil eliminar geneticamente os espinhos do cultivo da pupunha. O tipo de pupunheira analisado na pesquisa é originário do Peru, onde os povos indígenas haviam selecionado com técnicas rudimentares plantas sem espinhos. Para Charles Clement, coordenador da pesquisa, os índios peruanos fizeram um ótimo serviço. “Após essa descoberta, creio que podemos melhorar um pouco mais o que eles fizeram”, aponta o pesquisador.

Segundo o pesquisador a eliminação desses espinhos não tem grande impacto na produção da pupunha, mas poderia tornar seu manejo e plantio mais simples, com impactos na redução de custos no cultivo e na comercialização de palmito. Com o novo dado, os pesquisadores tomam consciência das dificuldades envolvidas na eliminação dessa característica. “Isto é complicado, porque ainda precisamos determinar o número de genes envolvidos”, explica Clement.

Pesquisa com pupunha favorece mercado

Há 30 anos, o Inpa trabalha em pesquisas com a pupunha da região Amazônica e foi o Grupo de Pesquisa com a Pupunha do instituto o responsável pela identificação da pupunha sem espinho, que hoje serve o Brasil inteiro no agronegócio de palmito de pupunha. O conjunto dessas pesquisas é realizado com objetivo de aumentar a produtividade da planta, que poderia diminuir um pouco o preço do palmito. “Se conseguirmos diminuir o preço, mais pessoas podem comprar palmito”, acredita o Clement.

O pesquisador, e também professor da pós-graduação do Inpa, é um dos líderes do Grupo de Pesquisa com Pupunha, junto com Kaoru Yuyama, também pesquisador do Inpa. Uma de suas pesquisas recentes foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e teve como foco a análise da diversidade genética e o estudo do fluxo gênico entre populações da pupunheira visando subsidiar o programa de melhoramento para produção de palmito. O estudo contou com a participação de Doriane Rodrigues, então doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e atualmente professora no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da universidade.

A coleta das sementes desse tipo de pupunheira foi realizada antes de o Conselho Nacional do Patrimônio Genético (CGEN) criar normas para esse tipo de transporte, inclusive antes da Convenção sobre Diversidade Biológica, firmada na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, mais conhecida como Rio-92. A última excursão de coleta no Peru foi desenhada para montar um ensaio de progênies (um experimento estatístico desenhado para comparar grupos de plantas provenientes de matrizes diferentes) para fins de melhoramento da pupunheira para palmito.

A excursão foi executada por Wanders Chavez, atualmente bolsista do Inpa, e o ensaio foi montado por ele e Yuyama. “Este ensaio foi duplicado no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em São Paulo. O Inpa e o IAC trabalham com esse mesmo material”, afirma o pesquisador.

“Inicialmente, analisamos a morfologia das plantas, para ver como que os frutos e as plantas variam. Este foi especialmente importante em termos dos espinhos. Mesmo que falemos em pupunheira sem espinho, na verdade elas têm espinhos em diferentes partes. Pode ser que não tenham espinhos no tronco ou nas folhas, mas existem espinhos em outras partes. Yuyama selecionou apenas pupunheiras que não tinham espinhos em nenhuma parte”, esclarece Clement.

Com a descoberta de que os espinhos são caracteres genéticos quantitativos, torna-se necessário saber mais sobre a genética da planta. “Nós conseguimos ver diferentes características das populações da pupunheira com a utilização dos modernos marcadores moleculares, que trabalham em nível do DNA”.

Segundo Clement, a pesquisa, executada por Rodrigues com apoio do Programa Integrado de Pesquisa e Inovação Tecnológica (PIPT), foi importante em dois aspectos. “Primeiro, analisamos as progênies sabendo que havia uma planta-mãe (a matriz da progênie), mas sem saber quantas plantas-pais havia. Rodrigues descobriu que poderia variar de apenas um até vinte. Então, vimos que a pupunha no pico da safra é altamente cruzada com diferentes fontes de pólen, que são as plantas-pais”, explica. Para ele, isso é importante porque quanto maior o número de plantas-pais maior a segregação, ou seja, a variabilidade das progênies.

Essas características quantitativas – espinhos ou a produtividade de palmito de cada pupunheira – acabaram levando os pesquisadores a perceber outra variável – confirmando que essa análise será ainda mais complicada - pois há muitas possíveis fontes de pólen.

“Para fazermos o melhoramento da pupunha, o único jeito que faz sentido agora é a polinização controlada. Até hoje estávamos fazendo a polinização aberta, que é um tipo de melhoramento chamado de seleção massal, no qual você pega as matrizes de boa qualidade, mas de polinização aberta, e depois você planta as progênies” explica. Atualmente Chavez e Yuyama estão realizando cruzamentos controlados entre matrizes de boa qualidade.

Para Clement, outra parte importante da pesquisa realizada foi a possibilidade de uma análise das matrizes já selecionadas segundo a qualidade do palmito. “A análise genética nos possibilitou a comparação dessas matrizes, para vermos se são diferentes ou similares. Se são diferentes, podemos cruzá-las e esperarmos ver o que chamamos de Vigor Híbrido, quando uma planta divergente é cruzada com outra divergente, ou seja diferente, o que pode proporcionar mais vigor”, comenta animado o pesquisador. Esta informação agora está sendo usada por Chavez e Yuyama para planejar seus cruzamentos.

Financiamento

Como o programa de melhoramento de pupunha do grupo é grande, são captados recursos em momentos distintos para diferentes tipos de pesquisa. A pesquisa apoiada pela Fapeam foi desenvolvida para melhorar o palmito da pupunha, mas acabou acarretando outros questionamentos. Um desses suscitará um projeto submetido ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), no qual será estudada a questão do número de plantas-pais para cada planta matriz em diferentes momentos do período de floração.

“O que queremos saber é se no início e no fim da safra de pupunha haverá o mesmo número de plantas-pais que existem no pico da safra”, adianta-se o pesquisador. Ele acredita que, por razões de fenologia da pupunha e de como que variam os diferentes estágios reprodutivos da planta ao longo do ano, no início e no fim da safra haverá um menor número de plantas-pais. Segundo Clement, isso deve ocorrer porque existem menos plantas florescendo nesses momentos e porque existem menos polinizadores para carregar pólen de uma pupunheira para outra. Este projeto será proposto pela professora Doriane Rodrigues, da Ufam, que executou a pesquisa já finalizada.

“Esse programa de melhoramento da pupunha é uma parceria entre o Inpa, a Ufam e a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (Embrapa), na qual cada instituição trabalha em diferentes aspectos. Hoje a Embrapa tem um grande ensaio nacional de progênies de pupunha, liderado por Antonio Kalil, da Embrapa Florestas”, informa Clement. O impacto desse programa será um melhoramento da pupunha realizado de forma mais eficiente e uma geração de variedades de pupunha mais apropriadas para o plantio de palmito nas diferentes regiões do Brasil.

O maior problema do programa de melhoramento de pupunha, segundo o pesquisador, não é científico. “Nosso grande problema é que Manaus não consome muito palmito. Apesar de Manaus ter uma população de 1,8 milhão de pessoas, tem uma classe média de apenas dezoito mil famílias. E apenas as famílias da classe média para cima consumem o palmito”, elucida o professor.

Clement lembra que, ao longo da década de 90, o Inpa incentivou a agroindústria de palmito no Estado do Amazonas. No entanto, a ausência de um mercado local comprometeu o sucesso da iniciativa no Amazonas. “Nossa pesquisa aqui vai servir para toda Amazônia, mas o impacto real vai ser relativamente pequeno, graças às características econômicas de nossa região, que já fizeram com que a Embrapa expandisse essa pesquisa a nível nacional”, esclarece.

O mercado de palmito em Manaus é pequeno quando comparado com o mercado do sudeste. “Apenas o estado de São Paulo consome 70% de todo palmito produzido no Brasil e 50% do palmito produzido no mundo. O mercado principal de palmito é São Paulo. Mas, para nossos empresários do setor primário, exportar esse produto para São Paulo é muito caro, o que dá vantagem competitiva para produtores de outras regiões”, lamenta o pesquisador.

Embora o setor tenha dificuldade em exportar para São Paulo, os produtores têm uma vantagem competitiva importante: Amazônia ainda é a melhor região para produzir sementes. Alguns produtores reorganizaram seus plantios para produzir apenas sementes e as vendem para outras regiões do país onde se produz palmito. Dessa forma, o projeto de melhoramento de pupunha para palmito mantém um impacto positivo na região e Manaus continua sendo um pólo de treinamento para pesquisadores da pupunha.

Fonte: Fapeam

Pupunha à Arrabiatta com Ervilha Torta

Feito com tomates maduros e um leve toque de pimenta, é um molho delicioso para acompanhar um belo macarrão. Detalhe é que o molho é preparado em gordura de bacon misturado a azeite de oliva extravirgem, o que o torna ainda mais saboroso.

Pupunha é um palmito de origem amazônica. Hoje ele está disseminado por quase todo o Brasil, sendo considerado “palmito ecológico”. Isto se deve ao fato da rapidez em colher os frutos após o plantio (cerca de 2 anos), enquanto o Jussara (típico da Mata Atlãntica), leva em torno de 25 anos para atingir o ponto ideal de colheita.

O pupunha é sempre consumido cozido. Hoje encontramos diversos tipos de cortes para este palmito: em toletes, rodelas, picado, etc.

Nesta entrada, usei pupunha desfiado (que você já encontra no comércio). A mistura de sabores, o ad0cicado do pupunha com o picante do arrabiatta, é uma delícia.

Para contrabalancear, e até conferir um visual mais atraente, ervilha torta.

INGREDIENTES (2 pessoas, como entrada)

100 g de palmito pupunha desfiado

8 unidades de ervilha torta

MOLHO ARRABIATTA

100 g de bacon em pedaços

1 colher (sobremesa) de azeite de oliva extravirgem

1 cebola pequena, picada finamente

1 dente de alho pequeno, picado finamente

200 g de tomates maduros, sem casca e sem sementes, picados (se preferir, use tomate italiano em lata)

1 pimenta malagueta, sem as sementes e a parte interna branca, muito bem picada (use luvas de borracha para isto)

1 colher (sobremesa) de cheiro-verde picado

1 pitada de sal

PREPARO

Deixe o palmito pupunha em água salgada por 5 minutos. Aqueça 1 litro de água até a fervura e coloque o palmito. Cozinhe por 3 minutos. Retire com escumadeira e reserve, mantendo a água aquecida.

Com o auxílio de uma faca, retire o fio das ervilhas a partir do talo,.

Na mesma água que cozinhou o palmito, e que deve estar fervendo, coloque as ervilhas. Deixe por 1 minuto. Retire e deixe escorrendo embaixo de água fria, até esfriar. Reserve.

Em uma frigideira, aqueça o azeite de oliva e adicione o bacon. Deixe derreter um pouco de sua gordura e retire os pedaços. Junte a cebola, o alho e a pimenta.

Cozinhe por 4 minutos, mexendo ocasionalmente. Adicione o tomate picado e deixe no fogo até o molho engrossar (cerca de 15 minutos). Ponha o cheiro-verde e tempere com sal e pimenta.

Com o auxílio de um aro, monte o prato com as ervilhas no lado e o palmito desfiado no meio. Regue com o molho e sirva imediatamente.

Uma entrada deliciosa. Com a excessão que seu prato principal seja massa, ela vai bem com qualquer outro.


Fonte: Oba Gastronomia,

Por: Orlando Balmel