sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pupunha - O Palmito Ecológico

O Palmito da Pupunha ou Pupunheira, vem se consolidando como um agronegócio extremamente viável sob os aspectos econômicos, sociais e ambientais.
A Pupunheira é nativa da América Latina. No Brasil é cultivada em São Paulo, Espírito Santo, Rondônia, Pará, Bahia e outros estados brasileiros.
O Palmito da Pupunha tem uma característica única entre os demais, ele não escurece após o corte, podendo ser consumido da maneira tradicional em conserva, como também In Natura ou Minimamente Processado e Resfriado.
A Pupunheira foi distribuída pelos Ameríndios no período pré-colombiano, desde seu provável centro de origem e domesticação no sudoeste da Amazônia. O cultivo da Pupunheira para o Palmito no Brasil teve maior expansão a partir da década de 80 através dos resultados das pesquisas, principalmente das raças com germoplasma com alta taxa de plantas sem espinhos, de Instituições Brasileiras, tais como INPA(Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia).

Da Pupunha aproveita-se tudo!
Os frutos, ricos em vitamina A e em amido(carboidratos), podendo ser consumido ao natural, cozido em água ou fermentado na água para refresco. Deles ainda pode-se obter o vinho, vinagre, manteiga, azeite, além de excelente farinha para consumo ao natural ou o preparo de mingaus, bolos ou outros pratos.
Da polpa dos frutos(mesocarpo), preparam-se os picles. As folhas, o tronco, inclusive os frutos, são usados na ração animal. Do tronco pode-se extrair a celulose. Sua madeira também é aproveitada por ser de grande resistência e elasticidade. A parte apical, de onde se extrai o palmito é macia e de sabor suave. Chama-se Palmito a parte cilíndrica, localizada na parte superior da estipe, representada pelo conjunto de bainhas das folhas, em cujo centro se encontra a parte comestível.

Por ser o Palmito um alimento nobre e muito apreciado, transformou o BRASIL no maior exportador, sendo responsável por cerca de 95% do Palmito consumido no mundo. No entanto, devido ao extrativismo desenfreado das espécies nativas de palmito Juçara e Açai, que são muitas vezes retiradas das florestas de forma clandestina, foi criada uma Legislação no sentido de proibir a prática. Em função da quase extinção do Palmito Juçara, originário da Mata Atlântica e do Palmito Açai, originário da Mata Amazônia, o BRAZIL buscou uma alternativa ambientalmente correta e economicamente viável que atendesse esse filão que cresce continuamente, com muito incentivo e programas de cultivo ao Pupunha, gerando mais empregos e cuidando do Planeta Terra.

Como Comprar o Palmito Pupunha:
O Palmito Pupunha fresco pode ser encontrado em feiras, em mercados e supermercados. Escolha aqueles com diâmetro mais fino, pois são mais macios e doces. Apolpa central deve estar macia, apresentar cor uniforme e aroma suave. O fresco deve ser limpo e cozido no mesmo dia da compra e armazenado na geladeira por um dia ou congelado até 2 meses.

O Palmito Pupunha pode ser encontrado em conserva, como o palmito tradicional. Dê preferência aos envasados em vidros e, da mesma maneira que o fresco, aos de menores diâmetros. Depois de aberto deve ser mantido na embalagem com o líquido, armazenar na geladeira e consumir no máximo em 3 dias.

Como Usar:
A forma mais comum é cozinhar o Palmito Pupunha em água e sal, até ficar macio. Em seguida pode ser armazenado em forma de conserva.
Use o Palmito Pupunha In Natura em saladas ou como ingredientes de sopas, cremes, recheios e refogados. Para assar, embrulhe o Palmito Pupunha em papel alumínio e leve ao fôrno médio, pré aquecido, até que a polpa fique macia.
Sirva com manteiga temperada, molhos ou com azeite de oliva e sal.

Petisco de Palmito Pupunha :

Coloque o Palmito Pupunha em conserva em um prato;
Tempere com azeite de oliva e sal;
Enfeite com cebolas, cheiro verde e pimenta biquinho.
Bom Apetite!!!

Fonte: Pecados da Mesa

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Palmito pupunha gera renda em Ilhéus


Nativo da Amazônia, o palmito pupunha é hoje veículo de geração de renda e alternativa econômica contra a degradação ambiental na Mata Atlântica. Na região de Ilhéus, a Coopalm (Cooperativa de Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia) planeja faturar neste ano R$ 14 milhões com a produção e beneficiamento de 1,5 milhão de hastes para grandes redes de supermercados, como Pão de Açúcar e Walmart. "Para 2015, a meta é no mínimo quadruplicar a produção, recuperando lavouras abandonadas e degradadas", revela Alexandre Ribeiro, diretor da cooperativa. Em cinco anos, o número de cooperados aumentou de 36 para 460, obtendo renda mensal média de R$ 1,5 mil apenas com esse produto agrícola, sem contar as demais espécies cultivadas em consórcio.
"A espécie transferida da floresta amazônica reduz a pressão sobre o palmito jussara, nativo da Mata Atlântica, e a dependência econômica da região em relação ao cacau", explica Tharic Galuchi, do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), responsável pelas auditorias que conferiram o selo sociambiental Rainforest Aliance a produtores locais. Na Fazenda Juliana, pertencente ao empresário Norberto Odebrecht, a pupunha é produzida em regime de parceria agrícola com 50 pequenos produtores que ganham terra dentro da propriedade, residência para a família e assistência técnica para plantar e colher. A essa produção, somam-se outras culturas amazônicas, como a seringueira, que ajuda a sombrear os plantios de cacau e melhoram a sua produtividade.
A fazenda reserva hoje 383 hectares para produzir borracha em sistema agroflorestal. "Vamos atingir gradativamente mil hectares nos próximos anos", anuncia o diretor Paulo Sérgio Santos. A estratégia é abastecer a fábrica de pneus da Michelin na região de Itabuna, onde absorve a produção de cerca de 7 mil hectares de seringueiras, a maior parte de pequenos produtores, movimentando aproximadamente R$ 7 milhões ao ano. "Atividade complementa os ganhos e contribui para tornar o cacau economicamente viável nos de padrões sustentáveis", diz Santos.
O cacau foi a primeira espécie deslocada da Amazônia para a Mata Atlântica, em 1746. Hoje também outras frutas, como o cupuaçu, a graviola e o açaí estão se adaptando ao novo bioma - tanto no sul da Bahia, como no Espírito Santo, Rio de Janeiro e em São Paulo. Até o jambu, tradicional folha usada no tacacá e outros pratos da gastronomia paraense, já é cultivado no Vale do Ribeira, interior paulista. E o mesmo acontece com espécies de peixes, a exemplo do pirarucu, transportado da Amazônia para criação em cativeiro próximo às grandes capitais.
"O risco dessa transferência não é ecológico, mas comercial e social", adverte o cientista Alfredo Homma, da Embrapa, em Belém. "Para concorrer, é preciso cultivar essas espécies em larga escala também na região amazônica." (S.A.)

Foto: Cícero Barbosa Filho
Fonte: Associação Ação Ilhéus

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Gostosuras exóticas made in Amazônia

Que a Amazônia é bela, encantadora e praticamente um templo da natureza com sua fauna e flora diversificadas, todos já sabem.

Mas o que muitos desconhecem é que o estado que possui a maior bacia hidrográfica e o maior rio do mundo, surpreende quando o assunto é gastronomia.

Exótica e com fortes influências indígenas, a culinária amazônica é uma referência em relação ao pescado e ao fruto. Açai, cupuaçu, pupunha e castanha do Pará são alguns dos ingredientes provenientes do local, além do peixe tambaqui e do tucupi, tempero de cor amarela extraido da raiz da mandioca brava.

Desbravando os mistérios gastronômicos da região, o Paludo Gourmet, localizado em São Francisco, Niterói, lançou na última terça-feira (6) um festival dedicado aos prazeres do estado. No cardápio, deliciosas surpresas preparadas pelas chefs e sócias Silvia e Rosângela Paludo, que não pouparam esforços para pesquisar, estudar e preparar um verdadeiro show gastronômico.

Um dos ingredientes especiais do festival é a pupunha, servida em forma de mousse ao ceviche de camarão. As opções de pratos principais apresentam uma grande diversidade, variando desde a costela de tambaqui ao gel de mandioquinha, que é servido com talharim de pupunha e ervas, até o magret no tucupi ao leve toque de cupuaçu, servido com ratatouilli de pupunha e legumes.

Os clientes também podem se deliciar com os sabores inusitados ao paladar carioca, com pratos como medalhão de javali em crosta de pimenta sobre cruxá, servido com risoto de pupunha e ervas, pintado assado ao curry thai com lasanha de pupunha e cogumelos, e rolê de jacaré servido com canelone de pupunha, recheado de aspargos frescos ao coulis de tomate.

Vale também o destaque para os exóticos polvo a vinagrete, servido com torrada de grãos ao azeite de cuxá, siri na casquinha de tapioca sobre banana da terra grelhada e vieiras no azeiteno azeite de ervas ao creme de limão Siciliano.

Para completar a “viagem gastronômica”, nada melhor do que uma deliciosa sobremesa: cheescake de cupuaçu e o bolinho de castanha do Pará servido com açai e granola.

Fonte: O São Gonçalo

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cientistas da Embrapa avançam em clonagem de pupunheira na Amazônia

Porto Velho - Pesquisadores da Embrapa Rondônia publicam nas próximas semanas um protocolo inovador para produção in vitro de clones de pupunheira. Com a técnica, a partir de pequenos pedaços da folha da palmeira os cientistas poderão criar, em um curto espaço de tempo, dezenas de mudas geneticamente idênticas à planta mãe.

O protocolo indica os procedimentos que devem ser feitos em laboratório e vai facilitar o trabalho de melhoramento genético da pupunheira, da qual fruto e palmito fazem parte da culinária típica da Amazônia.

A principal inovação do protocolo é a parte da planta utilizada para dar início ao pocesso de clonagem, chamada de explante. Foram retiradas pequenas partes da nervura mediana de folhas não expandidas, que ficam no palmito da pupunheira.

O material foi colocado em meio de cultura e recebeu carga de reguladores de crescimento que atuam de forma análoga a hormônios.

O resultado foi o desenvolvimento de calos, formados por células que têm a capacidade de se especializar em diferentes outros tipos de célula e de originar a uma nova planta.
“Esse explante se mostrou altamente eficiente, tanto que em apenas 10 dias já se pôde obervar a indução de calos, o que é um tempo bastante curto”, explica o pesquisador Maurício Reginaldo Alves dos Santos, da Embrapa Rondônia, coordenador do projeto. Para se chegar a esse resultado, foram testadas 16 diferentes concentrações de indutores de crescimento. A composição mais eficiente está especificada no protocolo, que é semelhante a uma receita e que pode ser seguida por outros cientistas.
Chamada de propagação vegetativa in vitro ou micropropagação, a técnica é utilizada para clonagem de diversas espécies, porém ainda são poucos os estudos realizados com pupunheira, de acordo com o pesquisador Maurício Santos.
Com a descoberta, será possível, a partir dos calos, induzir o brotamento e produzir mudas em laboratório.
Uma das vantagens da micropropagação é a rapidez com que se consegue os clones. Isso agiliza as pesquisas de melhoramento genético porque se consegue produzir rapidamente populações inteiras de clones para testes em campo. Outro uso potencial da técnica é a produção em larga escala de mudas com alta qualidade sanitária.

Os pesquisadores trabalham agora para obter brotações a partir dos calos. O objetivo é estabelecer um protocolo para todo o processo de micropropagação para pupunheira.

Os testes são realizados no Laboratório de Cultura de Tecidos da Embrapa Rondônia, uma das unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os resultados devem ser publicados em revistas científicas especializadas e em publicações da Embrapa.

Fonte: Portal Amazônia

terça-feira, 6 de abril de 2010

Casa da Agricultura oferece curso gratuito para cultivo de Pupunha

A Casa da Agricultura de Valentim Gentil irá desenvolver nos dias oito e nove de abril, o primeiro módulo do Curso de Pupunha, que será realizado gratuitamente em parceria com o Sindicato Rural de Votuporanga. O curso será dividido em três módulos e abordará o cultivo da planta, incluindo técnicas de plantio, irrigação, controle de pragas e práticas de conservação.

O assistente agropecuário da CATI, Renato Augusto Pereira da Silva, explica que este é um projeto de capacitação profissional que será ministrado pelo Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. “O primeiro módulo terá duração de 16 horas e contará com aulas teóricas e práticas, que serão realizadas na própria Casa da Agricultura e no campo, respectivamente”, conta.

Ele explica ainda que o cultivo da pupunha foi escolhido como foco do curso por se tratar de uma cultura nova e pouco conhecida na região. “Recebemos essa sugestão dos próprios produtores daqui de Valentim”, explica Renato, que completa dizendo que no município já existe uma produção significativa do produto.

Os interessados em participar do curso poderão realizar suas inscrições na própria Casa da Agricultura, que fica na avenida Eduardo Vicente, 4-15. Para isso basta levar os documentos pessoais e ser maior de 18 anos.

Fonte: Regiaonoroeste.com

Feira Brasil Certificado começa nesta quarta

De 7 a 9 de abril o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) promove a IV Feira Brasil Certificado, no Centro de Eventos do Colégio São Luís, em São Paulo.


Esse ano, pela primeira vez, empreendimentos do setor agrícola, que levam o selo Rainforest Alliance Certified, participarão do evento. A certificação agrícola vem crescendo anualmente. Em 2004, na primeira edição da Feira Brasil Certificado, apenas dois empreendimentos tinham o selo Rainforest Alliance Certified. Em 2009, o Imaflora totalizou 68 empreendimentos certificados pela Rede de Agricultura Sustentável.

A cadeia do cacau, por exemplo, estará representada do plantio ao consumidor final pelas Fazendas Reunidas Vale do Juliana e a Fazenda M. Libânio, no sul da Bahia, pela Delfi, indústria processadora da amêndoa do cacau, e pela loja Chocolat Du Jour.

Comunidades tradicionais que trabalham com os produtos florestais não madeireiros (óleos, castanhas, pupunha, açaí, cupuaçu, cestarias, entre outros) e pequenos produtores, também marcam presença no evento. Nessa edição da Feira, 6 comunidades, que conquistaram a certificação FSC ou a RAS estarão presentes em um único estande, com o apoio do Imaflora.


O Instituto, com sede em Piracicaba, executa as auditorias socioambientais para a certificação com selos FSC (Forest Stewardship Council, Conselho de Manejo Florestal), aplicado aos empreendimentos florestais, e Rainforest Alliance Certified, da Rede Agricultura Sustentável, aplicado aos empreendimentos agrícolas.

Fonte: Estadão.com.br