Por isso, representa importante alternativa agroecológica para diversificação da fonte de renda na pequena propriedade rural. O palmito retirado da pupunha também possui características que o diferenciam dos demais: é mais macio e é resistente à oxidação (escurecimento). Por isso, tolera um tempo maior de armazenamento, pode ser comercializado e consumido fresco, com o mínimo de processamento e sem perda de qualidade.
O Prosa Rural desta semana apresenta a tecnologia de processamento mínimo do palmito de pupunha, resultado da parceria entre a Embrapa Florestas (Colombo/PR) e a Embrapa Agroindústria de Alimentos (Guaratiba/RJ) no desenvolvimento de tecnologias para melhoria da qualidade de produtos para os agricultores.
O propósito dos alimentos minimamente processados é proporcionar ao consumidor um produto muito parecido com o fresco, de vida útil prolongada e, ao mesmo tempo, garantir a segurança para o consumo, com um mínimo de perda da qualidade nutritiva e sensorial. O processamento mínimo aplicado ao palmito de pupunha refere-se às operações de transformação da matéria-prima (talo), resultando em um produto sem a perda da condição de frescor e que inclui procedimento de higienização.
A pesquisa feita validou o processamento mínimo para a matéria-prima palmito de pupunha, tendo por fim prolongar a vida-de-prateleira desses produtos alimentícios, aumentando o período para a sua comercialização, disponibilizando ao consumidor um produto com características de fresco.
De acordo com o pesquisador Álvaro Figueiredo, da Embrapa Florestas, uma das principais vantagens do processamento mínimo para o produtor é poder comercializar diretamente o seu produto em feiras ou supermercados, sem a necessidade de colocá-lo em vidros. Com isso, o produtor agrega valor ao produto e consegue comercializá-lo por um preço três vezes maior do original.
Durante o programa, o pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Antônio Soares Gomes, fala sobre as etapas do processamento mínimo, que aumenta a vida útil do produto de 5 para 22 dias sem a necessidade de colocá-lo em vidros.
“Antes do processamento mínimo é preciso colher o palmito e fazer uma pré-lavagem do produto. Em seguida, faz-e o descascamento e o corte, separando os toletes do coração. Após esta etapa, procede-se à sanitização em água clorada e a secagem dos toletes. Em seguida, mergulha-se o produto em uma solução filmogênica, deixando-o por aproximadamente 3 minutos. Após a secagem natural dos toletes, forma-se uma película natural comestível que ajuda na preservação do palmito de pupunha por mais tempo”, explica antônio Soares Gomes, durante entrevista concedida ao Prosa Rural.
Durante o programa, Soares detalha este procedimento de processamento mínimo, ressaltando a importância da solução filmogênica que protege o produto da oxidação pelo ar, bem como da oxidação causada pelos próprios compostos existentes no produto.
Saiba mais sobre o processamento mínimo do palmito de pupunha ouvindo o Prosa Rural - programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Fonte: Porta do Agronegócio
2 comentários:
Valeu as dicas!!!
Qual órgão responsável pela autorização/inspeção de comercialização de pupunha in natura, conservas e para a indústia no estado de SP?
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