
Guardas municipais de Resende apreenderam no fim de semana, 173 peças de palmito do tipo Jussara extraídas ilegalmente da área de proteção ambiental da Serrinha do Alambari, próximo a Visconde de Mauá, na região da Serra da Mantigueira. Dois homens apontados como responsáveis pela extração fugiram ao perceberem a presença dos agentes do Grupamento Ambiental da corporação. O palmito é nativo da Mata Atlântica e não pode ser extraído e nem comercializado.
Em nota, a prefeitura de Resende informou que as peças foram abandonadas no local conhecido como Trilha da Bocaininha. O material apreendido foi levado para a 89ª Delegacia Legal da Polícia Civil (Resende).
O comandante da GM, Ismar Costa da Silva, que chegou ao local depois de um telefonema anônimo. Os guardas municipais encontraram ainda lonas, cobertores, roupas, panelas e um fogão improvisado pertencentes aos palmiteiros que realizavam a exploração ilegal.
- Temos intensificado as rondas na APA da Serrinha do Alambari com o objetivo de garantir a preservação deste patrimônio importante do meio ambiente de Resende. E vamos reforçar ainda mais a vigilância. Já temos informações de que, devido ao reforço das ações da Guarda Municipal na Serrinha, os chamados "palmiteiros" têm se deslocado para trechos da estrada de acesso à região de Visconde de Mauá, motivo pelo qual vamos reformar a vigilância também nesta área - disse Ismar.
Ele disse que as denúncias sobre crimes ambientais na localidade podem ser feitas através do telefone 3381-7159, ou pessoalmente, na sede do Grupamento Ambiental, que fica na Estrada Joaquim Criminal da Silveira sem número, na Serrinha do Alambari.
O crescimento do palmito Jussara é lento e sua frutificação se dá em média oito anos após o plantio. Atualmente, a espécie é encontrada em reservas ecológicas protegidas por entidade ligadas a preservação do meio ambiente.
Angra dos Reis
Também no fim de semana, uma fábrica clandestina de palmito do tipo Jussara foi estourada em Angra dos Reis, pela força-tarefa iniciada na última sexta-feira, pela Secretaria Estadual do Ambiente. Com o objetivo de combater crimes ambientais no Sul Fluminense.
Os trabalhos foram coordenados pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), teve o apoio do Batalhão Florestal, de técnicos do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), do Ibama e do Grupamento Aero marítimo (GAM) da Polícia Militar.
Segundo a Secretaria de Comunicação do Estado do Rio de Janeiro, duas pessoas foram presas e pelo menos duas toneladas de palmitos foram apreendidos. A empresa fabricava o palmito Jussara em conserva e o comercializava.
O proprietário da fábrica, Roberto Duarte, e o caseiro do sítio, onde os palmitos recém extraídos eram armazenados, foram conduzidos à Polícia Federal de Angra dos Reis, e indiciados por crime ambiental.
O chefe da Cicca, José Maurício Padrone, explicou que donos de imóveis construídos irregularmente em áreas de preservação. De acordo com ele, algumas destas construções deverão ser demolidas em Angra e Parati.
- a operação no Sul Fluminense vai continuar. A iniciativa conta também com auxílio de lanchas e de um helicóptero da PM - disse Padrone.
Fonte: Diário do Vale
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