segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Produtores de Pupunha querem plantar 500 mil mudas em 2010


Plantar em Silva Jardim pelo menos 500 mil mudas é a principal meta dos produtores de palmito de pupunha da Região para o ano de 2010, segundo ficou decidido na reunião da Associação dos Produtores de Palmito da Baixada Litorânea do Rio de Janeiro (APPBLRJ – sediada no Município), no último dia 28/11, na Lanchonete Mineira. Com o plantio das novas mudas, Silva Jardim assumirá a liderança da produção da pupunha no Estado do Rio, já que até o momento ocupa a segunda colocação, atrás apenas do Município de Angra dos Reis.
No encontro, que contou com as presenças do prefeito Marcello Zelão, do Presidente da Câmara, Flávio Brito, e dos secretários municipais de Agricultura, Rafael Badia, e de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Ronaldo Pone, também ficou acertado que, para a produção das mudas, a entidade vai providenciar a importação, provavelmente do Peru, de duas toneladas de sementes, que deverão chegar no final de janeiro e serão postas a germinar já a partir de fevereiro, a fim de que as mudas estejam em condições de plantio 120 dias depois. O Presidente da APPBLRJ, fundada recentemente, Paulo César Vergara, apresentou a logomarca da instituição, que foi aprovada pelos participantes.
– Nós estamos aí para participar dessa empreitada e colaborar no que for preciso e possível – garantiu o prefeito Zelão.
Segundo ficou acertado, a Prefeitura, através da Secretaria de Agricultura, vai subsidiar, para serem repassadas a pequenos produtores da pupunha, a produção de 250 mil mudas, o que absorverá cerca de uma tonelada de sementes. A outra tonelada será vendida por cotas aos produtores maiores, filiados à APPBLRJ, que tenham condições de desenvolver os seus próprios viveiros, com cada quilo de semente custando em média R$25,00. Os plantadores esperam conseguir produzir pelo menos mil mudas por cada cinco quilos de sementes.
– Resolvemos estabelecer esta meta mais ousada porque achamos que o nosso primeiro ano como associação tem que ser grande para o trabalho deslanchar e acontecer. Não adiantaria fazer, por exemplo, de 50 em 50 mil; melhor termos fomento para essas 500 mil, a fim de chamarmos inclusive a atenção de outros produtores -- explicou o produtor Hugues Fertê, de origem francesa, proprietário da Fazenda Águas Claras, em Maratuã, que possui uma indústria de beneficiamento do palmito, lembrando que isto já fora até mesmo explicado ao prefeito Zelão, num encontro que tiveram recentemente.
O Secretário Ronaldo Pone disse que a Administração Municipal está disposta a colaborar inclusive com a criação de grupos de trabalho para facilitar a chegada das mudas ao campo. “O prefeito já autorizou até mesmo o arrendamento de carro para isso, se for necessário. Depois, se for preciso, podemos até arrendar ou alugar um trator para ajudar a preparar a terra; e, se tivermos que fazer suplementação de recursos para a Secretaria de Agricultura prestar um maior apoio ainda, não nos omitiremos, já que é nossa proposta fazer com que Silva Jardim seja realmente a capital da pupunha no Brasil, gerando movimento, emprego e renda para o Município e os produtores”, ressaltou Pone.
– Além disso, pretendemos investir numa campanha forte de mídia e propaganda para divulgar a importância da produção da pupunha na Região e chamar a atenção para as pessoas aderirem – acrescentou Pone, ressaltando que, dependendo do resultado, podem produzir e plantar muito mais mudas durante 2010.
Os associados também aproveitaram para tratar de assuntos de interesse geral da classe. O componente Murilo apresentou um geógrafo e um engenheiro-civil que têm propostas de trabalho para a associação. O Presidente do Sindicato Rural, Amaro Viana, sugeriu que o escritório local da Emater/Rio seja melhor dotado de finanças e pessoal a fim de “realmente cumprir a sua missão de promover a extensão rural no Município, que é essencialmente agropastoril”. Ele também informou que os produtores associados à APPBLRJ podem dispor dos serviços contábeis de um contabilista mantido pelo Sindicato. Lembrou, ainda, que a entidade dispõe de topógrafo para fazer mediação visando a implantação de reservas legais em propriedades, o que o governo federal está exigindo que seja feito até este mês de dezembro. (A ilustração mostra a logomarca recém-criada para a APPBLRJ).
Amaro também disse que a Prefeitura precisa dar maior destaque à Agricultura, dotando-a de mais tratores e maiores recursos financeiros. O Secretário Rafael Badia argumentou que neste governo o setor já melhorou e vai acertar mais ainda. “O que nós mais precisamos no momento são de técnicos agrícolas para orientar e facilitar a produção; pois a pecuária consegue andar sozinha”, disse.
O produtor e vice-Presidente da APPBLRJ, Paulo Márcio Canongia, sugeriu como tema para discussão na próxima reunião “a compensação pela emissão de gás carbônico”, proposta pela Federação dos Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e a CSA: “seria bom se eles topassem subsidiar a nossa plantação de palmito pupunha como forma de compensação ecológica pela poluição que provocam”, disse ele.
O tesoureiro da entidade, engenheiro-agrônomo Antônio Carlos Vairo dos Santos, aproveitou para informar que está desenvolvendo experiências com a semente clonal da pupunha que pode ser utilizada principalmente durante o inverno, já que as sementes normais germinam melhor durante as estações mais quentes (a temperatura ideal é entre 18 e 38 graus). “Já percebemos que as mudas da clonal enraízam bem durante o tempo frio e estamos dependendo de material genético de boa qualidade”, esclareceu
Presenças, ainda: Marcelo Barbosa (Secretário da APPBLRJ), Lies Abib (2º Secretário), e Rogério Christiano (Secretário municipal de Obras), além dos produtores Marcos e Alexandre, entre outros.

Fonte: PM Silva Jardim

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