segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Rio descobre pupunha

Uma cultura nova vem ganhando espaço no Estado do Rio de Janeiro: o palmito da pupunha. Atraídos pelas vantagens na plantação e com riscos mínimos, agricultores investem no sistema de cultivo que vem se consolidando como um agronegócio extremamente viável sob os aspectos econômicos, sociais e ambientais.
Em todo o Estado, dois municípios se destacam na produção do palmito da pupunha, sendo Angra dos Reis a primeira em área plantada, seguido por Silva Jardim, que traçou metas de, ainda este ano, cultivar pelo menos 500 mil mudas, com o objetivo de assumir a liderança.
Para quem quer conhecer um pouco mais sobre o cultivo do palmito de pupunha, O Diário preparou esta matéria buscando informações necessárias ao início do investimento e o retorno.
A pupunheira é uma excelente opção de matéria-prima para a uma indústria que possui demanda de aproximadamente 100.000 ton/ano (mercado interno), e que hoje depende em 80% do abastecimento de produto extrativista. O Palmito de Pupunha com apenas 18 % do mercado é responsável pela preservação de pelo menos 100 milhões de Palmeiras Nativas por ano.
O palmito da Pupunheira possui uma característica única entre os demais, ele não escurece após o corte, podendo ser consumido da maneira tradicional em conserva, como também In Natura ou Minimamente Processado e Resfriado , abrindo um novo e inexplorado caminho de comercialização.
A origem da pupunheira cultivada é o resultado da domesticação independente de várias espécies silvestres, encontradas desde a Bolívia até a Nicarágua, as quais têm sofrido múltiplas hibridações, resultando numa “espécie sintética” Bactris gasipaes).

Vantagens na produção de palmito

Rusticidade. Não é muito exigente em solos, mas se desenvolve melhor com a adubação. Precisa de água para crescer, porém, não tolera encharcamento. Clima quente, úmido e precipitação pluviométrica (chuvas) bem distribuída, ou seja, acima de 1.600 milímetros por ano. Racionalidade no cultivo, possibilidade de colheita em quase todos os meses do ano. Vigor e rápido crescimento, precocidade em produzir: o primeiro corte acontece a partir de 18 meses do plantio. Perfilhamento, ou seja, a planta forma touceira como a bananeira e, após o primeiro corte, os filhotes crescem permitindo produção permanente. Isso não acontece com a espécie juçara pois, ao se retirar o palmito, mata-se a planta.
Baixos índices de substâncias oxidantes, o que proporciona alterações mínimas no sabor e no aroma do palmito, além de demorar a escurecer. Apesar do sabor do palmito da pupunheira ser um pouco mais adocicado e sua coloração mais amarelada do que as espécies tradicionais, juçara e açaí, essas diferenças ficam quase imperceptíveis após seu processamento, sendo bem aceito.
Rusticidade. Não é muito exigente em solos, mas se desenvolve melhor com a adubação. Precisa de água para crescer, porém, não tolera encharcamento. Clima quente, úmido e precipitação pluviométrica (chuvas) bem distribuída, ou seja, acima de 1.600 milímetros por ano. Racionalidade no cultivo, possibilidade de colheita em quase todos os meses do ano. Vigor e rápido crescimento, precocidade em produzir: o primeiro corte acontece a partir de 18 meses do plantio. Perfilhamento, ou seja, a planta forma touceira como a bananeira e, após o primeiro corte, os filhotes crescem permitindo produção permanente. Isso não acontece com a espécie juçara pois, ao se retirar o palmito, mata-se a planta. Baixos índices de substâncias oxidantes, o que proporciona alterações mínimas no sabor e no aroma do palmito, além de demorar a escurecer. Apesar do sabor do palmito da pupunheira ser um pouco mais adocicado e sua coloração mais amarelada do que as espécies tradicionais, juçara e açaí, essas diferenças ficam quase imperceptíveis após seu processamento, sendo bem aceito.
Aproveita-se quase tudo
Os frutos, ricos em vitamina A e em amido (carboidratos), podem ser consumidos ao natural, cozidos em água ou fermentado na água para refresco. Deles, ainda pode se obter vinho, vinagre, manteiga, azeite, além de excelente farinha para consumo ao natural ou o preparo de mingaus, bolos e outros pratos.
Do mesocarpo, ou seja, da polpa dos frutos preparam-se picles. As folhas, o tronco, inclusive os frutos, são usados na ração animal. Do tronco pode-se extrair a celulose. Sua madeira também é aproveitada por ser de grande resistência e elasticidade. A parte apical, de onde se extrai o palmito, é macia e de sabor suave. Chama-se palmito a parte cilíndrica, localizada na parte superior da estipe, representada pelo conjunto de bainhas das folhas, em cujo centro se encontra a parte comestível.
Por isso tudo e também porque a atividade palmiteira extrativista do Brasil está esgotando estoques naturais, a pupunha apresenta potencialidade para a exploração racional do palmito, com objetivos econômicos. No Brasil, a colheita do palmito é feita entre 18 e 36 meses do plantio, dependendo do solo, clima, espaçamento e adubação. A produção deverá ser de 300 a 600 gr, com 30% de palmito de primeira.

Fonte: O Diário News

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