Referência estadual na produção de goiaba, o município de Cachoeira de Macacu aposta agora na plantação de palmito pupunha para aquecer a economia. A pupunheira é uma alternativa às palmeiras nativas, como o açaí e a juçara, que são exploradas de forma predatória e, por isso mesmo, tiveram restrições legais atreladas a seu cultivo.
— A prefeitura encomendou um estudo do solo da cidade e comprovou que as condições são ideais para o palmito. Temos tudo para virar uma referência na produção do pupunha. Acredito que em até cinco anos estaremos bem — planeja o secretário de Meio Ambiente, Ricardo Lemgruber.
O projeto piloto do pupunha começou a ser implantado na cidade há um ano, com seis produtores. Agora no mês de agosto, ele entrará na segunda etapa, com outros seis produtores beneficiados.
O plano para 2012 é incluir mais 15 produtores e ter uma lista de espera com outros nove nomes. A prefeitura de Cachoeira encomendou 200 quilos de sementes que foram revendidas por um preço abaixo do valor de mercado para os produtores.
— No mercado, a semente custa R$ 1,8 o milhar. Nós conseguimos baixar o custo para R$ 0,30 — explica Lemgruber.
O primeiro corte na planta ocorre no fim do ano, 24 meses após a plantação.
— A pupunheira é semelhante à bananeira. Perfilha e chega a quatro novas plantas por corte. Isso permite ao produtor fazer cortes subsequentes, sem necessidade de replantio da área. Vamos quadruplicar a produção em dois anos — explica o coordenador do projeto, Almir Dias.
A produção de goiabas do município também tem possibilidades de diversificação e crescimento no mercado da região. A cidade acaba de ganhar uma fábrica de beneficiamento da fruta. O proprietário Felipe Falcão observa que a cada safra eram jogadas no lixo 200 caixas de goiaba — o equivalente a 16 mil frutas —, mas o desperdício foi transformado em lucro.
— As frutas muito maduras são descartadas. Comecei, então, a comprar e fazer polpa — conta.
Fonte: O Globo
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