Jadir de Souza Rocha, pesquisador titular do instituto na área de Recursos Florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com ênfase em inovação tecnológica trabalha em projetos para utilizar matérias que seria transformada em lixo. Há inúmeras matérias-primas que podem ser usadas em substituição à madeira obtida de espécies arbórias. "Os projetos de manejo florestal apresentarão resultados efetivos quando forem enriquecidos com o plantio de espécies de retorno econômico", diz ele.
Há duas outras linhas de pesquisa que estão sendo desenvolvidas pelos cientistas. Uma envolve a
madeira da pupunha e a outra a utilização de folhas vegetais super-resistentes.
Divisórias e móveis - No caso da
pupunha, os pesquisadores descobriram que a madeira é muito resistente - mais do que a maçaramduba, espécie muito procurada pela indústria -, bonita e permite excelente acabamento. Segundo Rocha, oferece grande aplicação na produção de móveis, de instrumentos musicais, como flautas, artefatos de escritório e utensílios de cozinha.
"O cultivo da pupunha tem por objetivo a obtenção do palmito e da fruta. Nós apontamos outras possibilidades. No caso do palmito, a planta é cortada após dois anos. No cultivo da fruta, após oito, quando começa a declinar a produção. Esse trabalho mostra que a planta, depois de cortada, ainda pode ter uma destinação econômica gerando renda e emprego", explica Rocha.
Na outra frente de trabalho, os pesquisadores desenvolveram uma chapa de folhas que pode ser usada em forros, divisórias e artefatos. "Nós trabalhos com folhas resistentes a rasgos, espécies arbórias, palmeiras e plantas ornamentais. As folhas são trituradas, passam por um processo de secagem e são aglutinadas com resina e fibra de vidro", explica Rocha.
Conteúdo retirado e adaptado de http://www.fibra-ds.com/novidades/jb.htm